Saiba como entrar no metaverso e aplicar a estratégia para marcas brasileiras!

Se você trabalha com marketing e marcas, é possível que você já tenha se perguntado: como entrar no metaverso? Continue a leitura e entenda!
como entrar no metaverso: imagem de mulher usando óculos de realidade aumentada

Se você trabalha com marketing, comunicação e marcas, o tema metaverso já deve, em algum momento, ter passado pelos seus olhos, seja por um artigo, uma matéria no YouTube ou mesmo uma palestra que tenha visto. É possível que você já tenha se perguntado: como entrar no metaverso?

Metaverso é um tema que, desde o fim do ano passado, quando Mark Zuckerberg mudou o nome do Facebook para Meta, tem sido debatido em todo o planeta. Mas, deixemos uma coisa clara, não foi Zuckerberg quem criou esse termo. Ele apenas, analisando o futuro da comunicação, decidiu se apropriar do tema para seu grupo, que, além do Facebook, detém o Instagram e o WhatsApp.

Faz todo o sentido esse movimento de Zuckerberg, uma vez que as redes sociais podem ser consideradas os pais e mães do metaverso. Vamos explicar isso nesse artigo! Mas, vale lembrar que a iniciativa do metaverso já tinha sido feita em 2005, com o Second Life, que, aliás, tem planos para voltar com tudo nesse novo momento do metaverso.

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Um pouco de história

O Second Life surgiu praticamente junto ao Orkut, dando início ao que chamamos de Web 2.0, quando as pessoas começaram a ter voz mais ativa, algo que hoje, sabemos, já é uma realidade.

Tanto o Orkut quanto o Second Life – e podemos até incluir os chats de portais, tão populares no começo dos anos 2000 – trouxeram uma fantasia para as pessoas. Nestes canais, elas podiam ser quem elas queriam e não quem elas eram.

Esse conceito é forte, mas é a base para o crescimento do metaverso. Uma pesquisa mostrou que apenas 2% das pessoas, no mundo, estão satisfeitas com a sua vida, no que tange a aparência, emprego, relacionamento e bens que possuem. Ou seja, 98% das mais de sete bilhões de pessoas no mundo não estão 100% satisfeitas com a vida que levam.

Guarde essa informação, pois ela é relevante para o contexto deste artigo: as pessoas não estão satisfeitas com a vida que levam. Isso é a base do que estamos apresentando aqui. A estratégia do metaverso para as marcas brasileiras passa por você entender mais sobre toda a construção da história do marketing para chegar até aqui.

O crescimento das plataformas sociais, em especial, do Orkut, deu um novo poder ao imaginário coletivo. Ali, as pessoas poderiam ser quem elas desejavam ser. No chat dos portais, todos os homens tinham um metro e oitenta, olhos verdes, além de corpo sarado e bronzeado pelo sol. Na vida real, estavam longe disso. 

Nas plataformas sociais, isso foi crescendo. Sabemos que, no Instagram, todo mundo é feliz, bem-sucedido e tem receitas para o sucesso, mesmo que essa pessoa não tenha atingido o sucesso desejado. 

No Facebook, todo mundo é especialista em tudo. Mesmo sem ter estudado nem cinco minutos sobre o tema que está debatendo, as pessoas tornam-se quase professoras sobre o assunto.

No LinkedIn, todos têm empregos maravilhosos, com chefes especiais e inspiradores, até serem demitidos(as) da empresa e a realidade vir à tona. E está tudo bem com relação a isso, pois é nas redes sociais que as pessoas têm o seu momento de ser quem elas desejam ser.

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Como entrar no metaverso: Ser quem se deseja ser

Essa é a base do metaverso, as pessoas são quem elas desejam ser. Na vida real, o João pode ser um estagiário de marketing, que ganha R$1.200 por mês e mora na casa dos pais em um bairro da periferia de São Paulo, em uma casa humilde. 

Seu pai é vendedor de sapatos no shopping e sua mãe secretária de um escritório de advocacia. Eles moram em um sobrado e têm um Onix 2014 na garagem, comprado em 60 parcelas. 

Uma realidade de muitos brasileiros! Mas, João tem um iPhone 10, comprado com o seu salário de estagiário, e João está no metaverso. Porém, lá, ele é um empresário de sucesso, tem uma loja de roupas para avatares, anda com uma Mercedes-Benz, comprada por alguns dólares na loja da marca no metaverso.

Além disso, João mora em uma casa de frente para uma praia e tem uma namorada que é modelo internacional. João tem a vida que sonha, de forma virtual.

E é no comportamento das pessoas que as marcas começam a ficar cada vez mais de olho. Afinal, o desejo é que move os seres humanos, e o desejo de sermos mais do que somos é o que nos faz consumir produtos, que nem sempre precisamos.

Às vezes, fazemos isso apenas por status. Por exemplo, uma caneta Bic escreve igual a uma Montblanc, mas a Bic custa cinco reais e a Montblanc parte de dois mil reais. 

A estratégia do metaverso para as marcas brasileiras passa por entender os comportamentos humanos, compreendendo que eles nem sempre podem ser os mesmos dos apresentados pelos avatares. Vamos ver isso a seguir!

A estratégia do metaverso para as marcas brasileiras 

A primeira parte do artigo apresentou a você uma introdução do que é o metaverso e por que o mercado está apostando tanto nele. Vimos que o fenômeno das redes sociais ajudou, até aqui, a definir o que será o metaverso, que é algo que está apenas no começo, vale reforçar.

No Brasil, o tema começou a ser mais debatido no fim de 2021 e ganhou muita força em 2022, o que mostra que a sua consolidação virá em 2023

Algumas marcas – como Boticário, Digio, Itaú, Vitacon/Housi, Renner e Banco do Brasil – seguem a tendência de marcas como Nike, Ralph Lauren, Gucci, Balenciaga, Vans, Coca-Cola, Adidas, Stella Artois, Burberry, entre outras, que já apostavam nesse novo universo de desejo, relacionamento e consumo junto aos seus consumidores fora do país.

Já dizia Lulu Santos: “não adianta fugir, nem mentir para si mesmo agora, há tanta vida lá fora, aqui dentro, sempre…” e isso reforça o metaverso no Brasil. Não há como fugir! Se a sua marca não está lá, tudo bem, é uma decisão da alta gestão do negócio. 

Contudo, saiba que o case da Gucci, que vendeu uma bolsa virtual por mais de quatro mil dólares, é apenas um pequeno passo do que o metaverso pode trazer. Se questione onde você quer estar daqui a cinco anos.

Um ponto é válido! As pessoas estarão no metaverso, ainda mais no Brasil, país que está, tranquilamente, entre os três países que mais acessam qualquer das maiores plataformas digitais do mundo, como Facebook, Instagram, WhatsApp, Google, YouTube, entre outras. 

Não vai demorar muito para lermos em sites especializados pesquisas que mostram o Brasil entre os países que mais acessam o metaverso, como já lemos hoje sobre as plataformas acima mencionadas.

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No livro Metaverso, o que é, como entrar e por que explorar um universo que já fatura bilhões, nós (Maya e Felipe) trouxemos uma visão mais estratégica, de como as marcas podem entrar e se dar bem nesse segmento. Aliás, estamos aplicando esses conceitos em projetos que, em 2023, estarão no ar.

Como entrar no metaverso: Extensão da vida

Um fato sobre o metaverso é que, assim como as redes sociais, ele deverá ser uma extensão das nossas vidas. Porém, de uma forma mais imersiva. 

O desafios das marcas será ser mais próximo e interativo, muito mais do que apenas responder a comentários em posts. É disso que estamos falando: de uma forma de as pessoas viverem a vida como querem, mas de forma virtual.

Em breve, isso será algo tão comum que as pessoas não mais entenderão o que é online ou offline. Na verdade, hoje já não entendem.

A estratégia do metaverso para as marcas brasileiras é saber que o mundo não é mais dividido em online e offline. Isso é uma miopia muito grande do marketing, dado que o mundo está totalmente conectado, e a tendência é que esteja a cada dia mais.

Veja um rápido exemplo, que mostra muito a mensagem que desejamos passar. O Waze é um aplicativo online ou offline? Em um primeiro momento, as pessoas vão dizer ser online, uma vez que ele está dentro do celular e precisa de uma conexão à internet para funcionar. E, de fato, isso é correto!

Contudo, o Waze serve para nos levar do ponto A ao ponto B no mundo físico. Então, ele pode ser considerado offline. Mas, ele usa uma inteligência artificial, que usa a internet para se conectar. Volta a ser online. Porém, essa rede é criada por carros andando com o aplicativo no mundo real. Confuso? Dizendo assim, sem dúvida.

Entretanto o Waze hoje é o maior exemplo de que o mundo está online-offline. Não há mais divisão. As pessoas querem interagir com as marcas, consumir conteúdo, conhecer histórias e comprar. Pouco importa a plataforma!

Aliás, é isso que move estratégias de transformação digital que tanto vemos por aí, e que terá no metaverso um pilar fundamental, como a inteligência artificial e Internet das Coisas já têm.

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E por que entrar no metaverso?

Nenhuma estratégia começa com uma ideia, é preciso muito estudo antes. Ter um planejamento de como entrar no metaverso e por que entrar. Por isso, é importante, antes de chegar em uma grande ideia, ter toda uma estrutura e pensamento por trás.

Também é preciso compreender o real motivo pelo qual uma marca deseja entrar no metaverso. Se a resposta for “porque todos estão lá”, a sua estratégia não vai trazer resultado nenhum. Entre! O recado é esse. Mas, saiba como, por quê, o que o seu cliente terá de vantagens e o que a marca terá de retorno, além de vendas.

No livro indicado acima, listamos alguns pontos. Mas, segue aqui um resumo para lhe dar aquele gostinho de querer saber mais. Entrar no metaverso não é apenas surfar uma onda. É uma estratégia que deve ser considerada.

Se a sua marca não a está considerando, você está, pelo menos, um ano atrasado. Isso porque esta estratégia permite:

  • Enriquecer a experiência do consumidor;
  • Introduzir produtos virtuais;
  • Coletar novos dados sobre os clientes;
  • Comercializar produtos e serviços físicos e digitais;
  • Apoiar pagamentos e finanças.

“A experiência é o novo marketing”. Foi assim que, em 2018, Steve Cannon, CEO global da Mercedes-Benz, começou o evento de Detroit, o mais importante do mundo automobilístico. E ele tem total razão! O Starbucks não vende café, lembra?

A Nike está longe de vender tênis, e a Apple nunca vendeu um notebook. São marcas que vendem experiências que se materializam em produtos e serviços.

No metaverso, será esse o caminho. As experiências sensoriais que as marcas poderão fazer estão no campo do “infinitas possibilidades” neste sentido. Afinal, estamos diante a um mercado totalmente novo, em que os produtos físicos podem se tornar virtuais – e vice versa – para entender aceitação do público

A Coca-Cola Byte, por exemplo, foi um produto criado no Fortnite a partir de uma plataforma de creations da marca no metaverso. E, hoje, você pode comprar o produto em qualquer supermercado.

Esse processo da Coca-Cola não é novidade quando tratamos sobre metaverso. A Housi, empresa da Vitacon, construiu um prédio no metaverso, onde foi criado um evento em que se convidaram potenciais compradores para uma experiência no metaverso. E foi nesse evento que um cliente e uma corretora se conheceram e fecharam um negócio. 

Se um apartamento pode ser vendido no metaverso, quem dirá um tênis, uma camiseta, um celular ou mesmo um pacote de viagens?

Mais uma vez, o metaverso chega com “infinitas possibilidades”. Entre elas, as NFTs e criptomoedas. Ambas darão às cidades do metaverso um poder que as cidades físicas já têm hoje. 

Liberland Metaverse, inspirada em uma micronação autogovernada que se localiza entre a Sérvia e a Croácia, está sendo construída misturando fantasia e realidade.

Será uma cidade do metaverso com governo próprio e, logo, moeda própria. Nós, brasileiros, poderemos morar na cidade. Na verdade, nossos avatares poderão.

E aí, está convencido a entrar no metaverso?

A estratégia do metaverso para as marcas brasileiras é algo particular de cada empresa. Veja, é preciso estudar muito bem a marca com a qual vai se atuar.

Entender sua proposta de valor, propósito, promessa, percepção desejada, posicionamento, além de atributos racionais e emocionais. Sem contar os diferenciais ou, melhor, o DNA dessa marca.

Entendido tudo isso, é preciso ir a fundo no comportamento das pessoas, buscando compreender que a persona da marca será consumidora no online e no offline. Contudo, o momento dela é diferente em cada um dos mundos. Lembre-se, no mundo físico, somos quem somos; no digital, somos quem desejamos ser.

Defina em qual plataforma entrar. Hoje, esse universo traz a já citada Fortnite. Mas, existem também outras possibilidades, como a Descentraland, a Sandbox, a Axie Infinity, entre outras. 

Veja qual tem mais aderência à sua marca e consumidor. Em um futuro breve, as marcas estarão em todas as plataformas, como hoje ocorre com as redes sociais. Mas, por hora, escolha uma, teste, construa a presença do seu negócio, se fortaleça e, depois, passe para uma segunda etapa.

E, se ainda tem dúvidas se deve entrar ou não no metaverso, o recado aqui é sim. Mas, ao ler o livro Metaverso, o que é, como entrar e por que explorar um universo que já fatura bilhões, temos a certeza de que você estará mais convencido de que é preciso entrar hoje!

E, então, gostou de saber mais sobre como entrar no metaverso? Continue em nosso blog! Aproveite para conferir também o nosso guia sobre cidades inteligentes.

Este texto foi produzido pelos autores Felipe Morais e Maya Mattiazo. 

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