Você sabe como dizer não para as pessoas? Confira 12 dicas!

Saiba como dizer não, os motivos pelos quais esta negativa costuma ser tão difícil, além de algumas dicas para ajudar o leitor!
Como dizer não: imagem de homem em dúvida entre dois caminhos

Seja no ambiente profissional, acadêmico ou nos relacionamentos interpessoais, frequentemente nos vemos diante de situações nas quais precisamos nos posicionar. Em muitos destes casos, nossa posição deve ser a de negar: precisamos saber como dizer não a uma demanda, um pedido, um favor ou um convite. 

A maioria das pessoas tem muita dificuldade de dizer não para seus colegas de trabalho, amigos, parceiros, orientadores e família. Isso tem diversas causas, mas uma coisa é certa: a dificuldade de dizer não prejudica — e muito — diversos aspectos da vida de quem possui este problema.

Neste artigo, iremos abordar a importância de dizer não, os motivos pelos quais esta negativa costuma ser tão difícil, além de algumas dicas para ajudar o leitor a fornecer respostas negativas educadas e leves. Confira!

Por que é tão difícil dizer não?

O ato de dizer não costuma ser difícil para a maioria das pessoas porque é visto como uma forma de contrariar o outro e, consequentemente, uma maneira de confronto, embate ou conflito. 

E, apesar de conflito ser parte da vida, a maioria das pessoas, ao apresentar negativas, tem medo de: 

  • Ser criticada;
  • Magoar o outro;
  • Ser mal compreendida;
  • Ficar sozinha como consequência da negativa;
  • Não suprir a vontade de agradar ao outro.

Outro problema é que o ato de dizer não pode nos gerar ansiedade, não pela negativa em si, mas por termos medo de desqualificar a solicitação em si. Isto significa que, frequentemente, tememos que, ao dizer não, estaríamos sugerindo que a pessoa que nos requisitou algo teria pedido uma coisa absurda, egoísta, imoral ou descabida. O termo geral para isso é “ansiedade de insinuação”. 

Em consequência, para evitar o conflito, podemos evitar dizer não aos outros. O problema disso é que, frequentemente, ao atendermos pedidos aos quais não queríamos ou não poderíamos atender, suportamos consequências negativas próprias. 

Ou seja, quando somos incapazes de dizer não, esta inabilidade não evita o conflito de graça. Pagamos um preço pessoal próprio alto para evitar o conflito, o que pode nos deixar desconfortáveis, magoados ou sobrecarregados, como veremos mais profundamente no próximo título, “Por que é importante saber dizer não?”.

De toda forma, é necessário compreender que a negativa não necessariamente significa conflito ou embate. Se você quer aprender como dizer não, saiba que existem algumas maneiras de fazer isso educada e amigavelmente.

Deste modo, o conflito pode ser evitado sem que tenhamos de abdicar de nossas vontades ou possibilidades. Afinal, como já vimos, uma das principais dificuldades que existe na prática de dizer não às pessoas é a vontade ou necessidade de evitar conflitos. 

A partir do momento em que alguém deseja ou requisita algo de nós que não queremos ou não podemos fornecer, frequentemente nos retraímos, com receio de gerar mágoa, raiva ou chateação no outro.

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Como dizer não: o conflito na experiência humana

No entanto, o conflito não necessariamente é algo negativo. Ele é parte integrante da vida humana e negá-lo seria negar a própria vida e as relações sociais que dela emergem. Inclusive, para muitos estudiosos, o conflito é necessário para que ocorra a evolução social.

Para se aprofundar no tema da compreensão e composição de conflitos, indicamos o livro Mediação de Conflitos, dos autores Jorge e Sophia Miklos. Na obra, eles exploram a história da mediação e os meios para entender e, quando necessário, resolver conflitos. Trata-se de uma leitura digital essencial para os que buscam novas visões sobre enfrentamentos. 

Não deixe de conferir esta obra, na qual são apresentados os principais modelos de mediação, os princípios e valores da mediação, o papel do mediador, as técnicas de mediação e a formação do mediador. 

O leitor encontrará ainda uma abordagem do conflito na perspectiva da Teoria da Complexidade, de Edgar Morin, e saberá identificar as diferenças entre mediação, negociação e conciliação. 

Por que é importante saber dizer não?

Frequentemente, como já explicamos, o medo de dizer não decorre de uma vontade de evitar conflitos, de não magoar o outro, de não gerar sentimentos de rejeição e de agradar, mantendo-se solícito, amigável e disposto.

Por mais nobre que a intenção seja, frequentemente ela é mal direcionada e inócua, trazendo uma série de prejuízos.

Ter dificuldade de dizer não é uma tentativa comumente falha de evitar problemas, no sentido de que, em geral, o “como” nós optamos por dizer algo impacta muito na forma com que a mensagem chegará ao interlocutor.

Isto significa que, em vez de despender esforço e se desgastar para evitar dar respostas negativas, podemos utilizar este mesmo esforço para pensar em formas mais inteligentes, educadas e delicadas de dizer “nãos”. 

Esta delicadeza, tato e esperteza ao negar pedidos e demandas podem, em muitos dos casos, gerar resultados tão positivos quanto uma resposta afirmativa, com menos consequências negativas do que o comportamento de simplesmente aceitar tudo que nos é solicitado.

Quais são as consequências de não saber como dizer não?

Quando nós nos submetemos à posição de dizer “sim” para tudo que nos é solicitado, acabamos acumulando uma série de consequências ruins para nós mesmos, que frequentemente resvalam na pessoa que nos fez a solicitação.

Ou seja, nem sempre dizer sim para tudo evita conflito: dizer sim, em determinadas situações, perpetua e, por vezes, amplia o problema. 

Diante disso, falar “não” é importante para a saúde mental no trabalho e na vida pessoal e para o equilíbrio emocional. As pessoas que “engolem tudo” e aceitam qualquer requisição ou pedido, não colocando limites às solicitações externas, não conseguem valorizar suas necessidades e prioridades próprias.

Quem está ao nosso redor pode não saber qual seria nosso limite e cabe a cada um de nós informar ao outro quando este limite chegou.

Os prejuízos de dizer sim para tudo na vida profissional 

Um exemplo disso é quando um colega de trabalho nos pede uma demanda com urgência, sem a devida antecedência, em uma esfera que, a princípio, não seria nossa obrigação. 

Mesmo que esteja sobrecarregada e ocupada, uma pessoa com dificuldade de dizer não tende a aceitar este pedido, para evitar magoar, irritar ou desagradar o solicitante. E esta é uma das atitudes profissionais que deve ser evitada.

Uma pessoa já sobrecarregada dificilmente consegue absorver a demanda extra, fora de planejamento, de forma tranquila: para dar conta de sustentar o “sim” dito, uma série de prejuízos pode emergir:

Atraso de outras demandas

Você pode acabar atrasando outras demandas que já possuía. Ao fazer isto, você desagrada outras pessoas (seu chefe ou seus clientes, por exemplo), ao acumular uma demanda que não seria sua obrigação, só por não ter conseguido negar o pedido. 

Assim, o que deveria ser um extra (a tarefa inesperada, que não era de sua obrigação) acaba se sobrepondo ao principal, o que pode gerar, inclusive, prejuízos à sua imagem e carreira. 

Pior qualidade do trabalho

Pode acontecer de, devido à sobrecarga, um dos trabalhos, seja o trabalho regular ou a solicitação extra, acabar ficando mal feito, com erros ou incompleto. 

Neste cenário, tanto as pessoas diretamente afetadas pelo trabalho regular quanto o solicitante do favor podem ficar alteradas ou irritadas.  Assim, em vez de evitar o conflito com quem te demandou, é possível que ele ainda ocorra, além de outros conflitos conexos à incapacidade de dar conta de tudo;

Menos tempo para cuidar de você

Outra possibilidade deletéria de efeito é que, devido à quantidade enorme de trabalho acumulado, você tenha que fazer horas extras, estendendo sua permanência no trabalho. 

Como as horas no dia não são infinitas, possivelmente, você deixará de fazer atividades físicas, se alimentará mais tarde do que de costume ou dormirá menos, causando para si próprio uma série de prejuízos imediatos, inclusive em relação à sua saúde física e mental. 

Além disso, consequentemente você terá menos tempo para passar com sua família e amigos, o que pode gerar chateações nestas pessoas. 

Decaimento da produtividade

O acúmulo de sobrecarga tende a gerar um decaimento de produtividade ainda maior porque, ao se ver rodeado por demandas que não têm capacidade de cumprir no prazo que possuem, a maioria das pessoas sofre com picos de ansiedade, nervosismo e estresse, que diminuem sua habilidade de conseguir lidar com o trabalho. 

Desta forma, frequentemente, a produtividade cai, porque a pessoa gasta energia mental e tempo com essa ansiedade geral que é causada. 

Assim, como podemos ver, dizer sim para tudo pode prejudicar a saúde, o bem-estar no trabalho, a produtividade, a qualidade do trabalho e a possibilidade de descanso.

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Os malefícios de não saber dizer não nas relações interpessoais

Da mesma forma que no ambiente profissional, podemos sofrer uma série de consequências negativas ao sermos excessivamente permissivos em nossas relações com familiares, amigos e parceiros.

Isto porque não existe a possibilidade de completa supressão de nossos sentimentos, necessidades e vontade. Por mais que nos esforcemos, sempre existem resquícios negativos de optarmos por agradar ao outro em vez de respeitar nossos limites.

Imagine uma situação na qual seu parceiro sempre requisita que você faça determinada tarefa doméstica, cada dia sob uma justificativa distinta; ou uma situação na qual ele peça para você relevar ou ignorar determinada conduta que ele teve que lhe prejudicou.

Por mais que, no curto prazo, pareça uma boa ideia ceder às vontades do outro, optando por fazer o que ele quer (e não o que você quer), para evitar um conflito instantâneo; no longo prazo, uma série de consequências piores pode surgir:

Dificuldade de impor limites

A dificuldade quando o assunto é como dizer não sempre acaba evoluindo para uma dificuldade de impor seus limites. Isso quer dizer que, quando permitimos que nos coloquem em situações que nos exaurem, cansam ou magoam com frequência, estamos ensinando ao outro como ele pode ou não nos tratar. 

Assim, se nós estamos sempre dispostos a ceder, sempre irão nos pedir essa concessão; se parecemos não nos afetar com determinadas condutas que extrapolam limites, estamos ensinando que nosso limite na verdade é ainda mais amplo que aquele. 

Desta forma, acabamos nos colocando em um lugar de vulnerabilidade que favorece abusos.

Ressentimentos solidificados

Mesmo quando estamos dispostos a ser permissivos, frequentemente a posição difícil na qual somos colocados nestas situações nos gera dor ou ressentimento. 

No longo prazo, o ressentimento se acumula, ficando cada vez mais intenso e se tornando rancor. Conforme este sentimento evolui, formado por pequenos estresses do dia a dia e não por um grande evento determinável, torna-se cada vez mais difícil detectar o problema, entender as razões de nossa mágoa e, consequentemente, consertar aquela dor. 

Portanto, podemos acabar prejudicando aquele relacionamento de forma irreparável.

Indisposição com a pessoa, mesmo que ela não mereça

Nem sempre quando alguém nos pede algo que não podemos fazer a pessoa tem a intenção de abusar de nossa boa vontade ou de nos forçar a uma posição de desconforto.

Pelo contrário: frequentemente, o solicitante pergunta de forma tranquila, e você aceita porque quer ou porque não consegue impor limites. No entanto, ninguém é obrigado a ler nossa mente.

Diante disso, não é justo ficar ressentido com alguém que sequer compreende que conduta errada tomou. Nossas famílias, amigos e parceiros querem o nosso bem. Assim, é bem possível que eles também fiquem chateados ao entender que você se colocou numa posição de sofrimento, frequentemente, desnecessário.

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Como ser educado ao dizer não?

Inicialmente, é importante entendermos duas coisas: a primeira delas é que pedidos não são ordens ou mandamentos; e a segunda é quais são nossos próprios limites.

Como pedidos não são ordens, eles são passíveis de respostas negativas. Para qualquer pergunta, existe sempre a possibilidade de um sim e um não. Assim, o que torna você educado não é dizer sim a tudo: é saber como dizer não com respeito e delicadeza.

Por isso, saiba dizer “não” em tons amenos. Frequentemente, o jeito que dizemos importa tanto quanto o conteúdo do que é dito. 

Por isso, busque ser sensível e delicado, demonstrando que você entende a demanda da pessoa, mas que infelizmente ela não é compatível com o que você pode oferecer naquele momento.

Ao fazer isso, estamos nos assessorando e cuidando de nossos próprios limites: de tempo, de paciência, de esgotamento e de saúde mental. Inclusive, trata-se de uma atitude que exige inteligência emocional.

Quando nós nos negligenciamos, abrimos espaço para que nossas falhas e insuficiências afetem negativamente outras searas de nossas vidas e o bem-estar de quem amamos. 

Assim, entender nossos limites e cuidar de nós mesmos nos auxilia a manter nossas vidas em ordem, equilíbrio que é fundamental até mesmo para preservar as pessoas com as quais nos relacionamos, seja por vínculos de afeto, sangue, trabalho ou convivência.

Por fim, é importante entendermos que as negativas delicadas fazem parte do rol de habilidades de qualquer bom comunicador. Neste sentido, investir em seus estudos sobre a melhor forma de se expressar é uma boa opção para dizer não de forma sutil e para viabilizar um melhor desenvolvimento social e profissional.

Segredos da boa comunicação

Para auxiliar no aprofundamento da resolução das questões mais relevantes da comunicação, indicamos a obra Os Segredos da Boa Comunicação – Edição 2021, de Reinaldo e Rachel Polito.  

Trata-se de um verdadeiro curso para ajudá-lo a desenvolver e a aprimorar suas apresentações em todas as circunstâncias, sejam elas presenciais ou online, que se tornaram extremamente necessárias a todos os profissionais. 

No livro, são ensinadas técnicas que empoderam o leitor, ao fazê-lo dominar os segredos para conquistar e manter a atenção das pessoas, conversar com simpatia e desenvoltura com amigos, familiares e colegas da vida corporativa. 

Além disso, são fornecidas as técnicas que possibilitam que o leitor saiba como apresentar projetos, propostas e produtos nas reuniões internas e externas e que ele diga tudo o que precisa com clareza, educação, desenvoltura e objetividade.

Como dizer não: veja 12 dicas 

Separamos algumas dicas-chave para você. Confira:

  1. Demonstre que você compreende a necessidade da pessoa;
  2. Explique seus motivos para negar a requisição;
  3. Seja firme, nos casos em que é necessário;
  4. Se possível, não feche a porta para requisições futuras;
  5. Defina seus limites;
  6. Saiba também ouvir um “não”;
  7. Esteja atento ao seu tom;
  8. Se lembre de que você é importante;
  9. Não assuma posturas combativas ou reativas;
  10. Se possível, busque caminhos intermediários;
  11. Não se sinta culpado em negar;
  12. Seja solícito em outros momentos.

1. Demonstre que você compreende a necessidade da pessoa

Quando precisar dizer um não, uma forma amena de tratar a situação é demonstrar, para o solicitante, que você entende o pedido e que entende que é importante para ele. 

No entanto, faça a ressalva de que, apesar de compreender a importância, lamentavelmente, não é algo que você pode priorizar naquele momento. Faça uso amplo de recursos de empatia para isso.

2. Explique seus motivos para negar a requisição

Nem sempre é possível atendermos aos pedidos que nos são feitos, por diversos motivos: às vezes estamos sobrecarregados; às vezes, nos falta tempo; em alguns casos, a solicitação nos deixa desconfortáveis; em outros, simplesmente não cabe em nosso planejamento ou senso de prioridades.

Em alguns momentos, o pedido nos parece inconveniente; de vez em quando, a solicitação é abusiva por qualquer motivo; às vezes, estamos cansados; em outras, nos falta vontade ou a afirmativa nos acarretaria um custo pessoal grande.

Em qualquer cenário, uma das melhores respostas sempre é a verdade justificada. Por isso, exponha para seu interlocutor sua vontade de ajudar, mas seus motivos para negar aquele pedido, com paciência e tranquilidade. 

3. Seja firme, nos casos em que é necessário

Em alguns casos, os pedidos que são feitos para nós são pedidos absolutamente impróprios ou abusivos, cuja própria requisição nos deixa desconfortáveis. 

Nesse cenário, é importante ser firme e explicar que aquilo te desagradou, delicadamente, mas com assertividade, evitando que a situação torne a acontecer. 

4. Se possível, não feche a porta para requisições futuras

Por vezes, o pedido que precisamos negar é algo que não nos importaríamos de fazer, em geral, ou algo que normalmente seria viável para nós, mas que não é bom naquele momento.

Nestes casos, esclareça que a sua negativa é situacional, por alguma razão que a inviabiliza naquele momento, e que você está disposto a realizar solicitações futuras.

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5. Defina seus limites

Para que a pessoa entenda que não é um problema com ela, e sim com o pedido ou o momento do pedido, estipule quais são seus limites e de que forma ela pode te acessar e obter um sim no futuro. 

Assim, explique, por exemplo, que você não se importa de realizar tarefas, desde que tenha um certo prazo para executá-las.

Demonstre que você se sente desconfortável de realizar tarefas no trabalho que não são de sua alçada, porque não recebe por elas. Ou, ainda, explique para seus relacionamentos interpessoais que determinadas condutas te deixam desconfortável. 

Desta forma, você viabiliza soluções claras para o outro, sem desrespeitar suas necessidades. 

6. Saiba também ouvir um “não”

Frequentemente, uma das coisas importantes na compreensão e condução de relacionamentos interpessoais é a habilidade empática de se colocar no lugar do outro.

Neste sentido, é sempre um bom exercício avaliar como você se sentiria naquela situação e, caso o pedido que você pretende negar fosse feito a você, de que forma você receberia bem a negativa.

Uma das coisas mais importantes na desenvoltura e na forma como você lida com as pessoas é também saber como se portar diante de negativas, com classe e normalidade.

Caso você também tenha dificuldades em receber “não”, indicamos o livro Sem Medo de Rejeição, de Jia Jiang. Na obra, a autora descreve a técnica que criou, como uma maneira de enfrentar o pavor de ouvir negativas e de se livrar de uma vez por todas da insegurança. 

Em seu famoso projeto 100 dias de rejeição, ela fez pedidos insólitos a estranhos e buscou o não de forma proposital, repetidas vezes.

O resultado? Jia acabou construindo uma armadura contra a rejeição e percebeu que suas dicas, agora na forma de livro, podem ajudar as pessoas a se tornarem mais fortes, mais confiantes e prontas para irem atrás de tudo que sempre quiseram.

7. Esteja atento ao seu tom

De fato, negativas podem ser desconfortáveis para quem nega e para quem tem seu pedido negado. Portanto, é importante dar atenção especial à forma como o não é dito

Então, para garantir a amenidade, redobre sua atenção em relação à maneira como você se expressa. Busque ser sutil, delicado, educado e paciente, o que provavelmente eliminará a resistência ao reagir à negativa. 

8. Se lembre de que você é importante

Um dos motivos de dizer sim para tudo é a necessidade de agradar, frequentemente em situações nas quais a pessoa sempre coloca os desejos dos outros à frente dos próprios.

Isso causa uma série de prejuízos à sua autoestima. Dizer não fica mais fácil quando você mantém em mente que isto é um ato de autocuidado e que você é importante. Portanto, suas demandas, necessidades e vontades merecem ser atendidas tanto quanto as de qualquer outra pessoa. 

9. Não assuma posturas combativas ou reativas

Ao dizer não, sempre demonstre cooperação e que você está do mesmo lado que a pessoa que está te pedindo algo. Assim, você reduz a resistência dela e coloca vocês em posição de negociação, e não de embate. Portanto, abdique de sarcasmos, ironias, grosserias ou reatividade.

Prefira, em vez disso, uma postura cooperativa, compreensiva e aberta ao diálogo, que favorece o bom andamento da conversa. 

10. Se possível, busque caminhos intermediários

Frequentemente, não podemos fazer o que os outros nos demandam. Isto não significa que não possamos fazer nada por eles. Às vezes, o caminho do meio atende a ambos. 

Por isso, nos casos em que seja viável, confortável e conciliável, tente dizer apenas “nãos” parciais. Isto é, negar a parte do pedido que lhe causa prejuízo, enquanto atende, de forma solícita, ao que é viável.

Por exemplo, se um colega solicita ajuda em uma demanda no trabalho em um momento que você está ocupado, explique que naquele momento você não pode prestar auxílio, mas que ficará feliz em contribuir algumas horas mais tarde.

Outro caso para imaginarmos a aplicação disto é quando um amigo lhe pede emprestado um livro em relação ao qual você tem particular apreço e, por isso, não gostaria de emprestar. 

Neste caso, fale para seu amigo que aquele livro específico você não empresta, porque tem valor sentimental para você. No entanto, você estaria disposto a emprestar uma outra obra X, de que também acredita que ele gostará muito. 

11. Não se sinta culpado em negar

O ato de dizer não frequentemente expressa coisas positivas:

  • Autocuidado;
  • Autoconhecimento;
  • Planejamento e gestão de tempo e recursos;
  • Percepção de realidade;
  • Noção dos próprios limites.

Portanto, você não deve se sentir culpado ao negar algo. Compreenda o não como parte da vida, como um elemento saudável das relações e como algo que não tem qualquer carga nociva por si só. 

12. Seja solícito em outros momentos

Quando você precisar dizer não, diga. Mas demonstre ser solícito, disposto e propício a contribuir sempre que você, de fato, puder. Isto ajuda a construir nas pessoas a noção de que você é cooperativo e de que sua negativa não é um problema, porque você sempre parece fazer o melhor que pode, dentro da sua realidade

Dica extra: como dizer não sem magoar as pessoas

No livro Saiba dizer não sem magoar as pessoas: Como se comunicar de forma profissional, o autor Reinaldo Polito se dedica a apresentar de maneira clara e didática dicas para situações que envolvam a necessidade de dizer não para as pessoas. 

Na obra, é trabalhado o uso do “não”, de forma assertiva, porém pacífica, evitando constrangimentos e zelando pelas boas práticas de comunicação, em situações aplicáveis tanto à vida pessoal quanto ao ambiente de trabalho.

Além disso, o leitor vai desenvolver e aprimorar a arte de dizer “não”, com o uso dos melhores métodos, organizados por um mestre da oratória com muitas décadas de experiência, que ainda exemplifica cada técnica com casos práticos. 

Gostou do nosso artigo sobre como dizer não? Sugerimos, então, que você continue acompanhando os conteúdos do nosso blog, para que as suas habilidades de comunicação e leveza melhorem cada dia mais. Aproveite e leia também sobre gestão estratégica!

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