Descubra como usar a pontuação corretamente!

Pontuação: cartão com interrogação

Você sabe como usar a pontuação?

Se você deseja prestar um concurso público ou fazer o Exame da Ordem no futuro, é muito provável que já tenha ficado nervoso com a redação de um texto. Por vários motivos, esta etapa costuma aterrorizar os candidatos, uma vez que a produção de texto pode ser complexa e cheia de regras.

Dentre os muitos cuidados que devemos ter ao longo dessas etapas, a pontuação é um dos mais importantes. Isso porque ela é essencial não só para que o corretor da redação saiba que o candidato possui domínio da língua portuguesa, mas também para que a mensagem do texto seja compreendida integralmente.

Portanto, se você deseja saber mais sobre o uso correto de todos os sinais de pontuação, continue lendo este conteúdo! Nele, te daremos exemplos de cada um deles e te diremos exatamente o que não fazer no seu texto. 

Aproveite também para conhecer 50 dicas para o uso da pontuação!

O que é e para que serve a pontuação?

Os sinais de pontuação são sinais gráficos que auxiliam na compreensão do texto. Na nossa língua, eles assumem diferentes funções, a depender da intenção de quem está redigindo a redação. Confira, abaixo, algumas delas:

1. Coesão e coerência

Por auxiliarem na compreensão de um texto, os sinais de pontuação estão profundamente ligados à coesão e à coerência de uma redação, contribuindo para o encadeamento de ideias e para que o texto adquira o tom desejado. 

Eles podem aparecer, por exemplo, em uma enumeração de ideias, separando-as:

  • A mulher estudava, trabalhava e viajava.
  • Pão, queijo, batatas e cenouras: tudo foi comprado no supermercado.
  • Felipe tinha um carro; Matheus, um apartamento; Pedro, uma bicicleta.

Repare que, embora tenham a mesma função, os sinais de pontuação também auxiliam na compreensão dos termos de cada frase.

Sabemos, portanto, que, no segundo exemplo, os dois pontos anunciam o fim de um aposto enumerativo. Já no último exemplo, as vírgulas suprimem um verbo transitivo direto, mas seus complementos continuam aparecendo na frase.

2. Entonação

A pontuação é usada, também, para refletir as pausas da fala e a entonação desejada em um texto. Perceba a diferença, por exemplo, entre as frases abaixo:

  • Hoje vai chover.
  • Hoje vai chover!
  • Hoje vai chover?

No primeiro caso, fazemos uma afirmação categórica, expondo um fato.

Já no segundo caso, o ponto de exclamação pode indicar que a pessoa que escreve a frase está animada com o fato enunciado, ansiosa por ele.

Por fim, na frase final, o ponto de interrogação denota incerteza. Desse modo, nem quem escreve a frase, nem quem a lê sabem com certeza se haverá ou não chuva.

Este é o principal poder da pontuação: manipular, com simplicidade, a mensagem que será passada para o leitor. Por isso, ao prestar concurso, o uso correto dos sinais pode ser muito valioso.

3. Diferenciar a linguagem oral da linguagem escrita

A pontuação também tem a função de demarcar as diferenças entre a linguagem verbal e a linguagem oral. Afinal, na fala, não são necessários recursos gráficos para transmitir uma mensagem, mas, na escrita, os sinais são usados para pausas, entonações e muito mais.

Pense, por exemplo, nas interjeições. Em uma discussão oral, não é necessário indicar quando um barulho é alto, ou quando alguém toma um susto. Na escrita, porém, é função sobretudo do ponto de exclamação evidenciar esses momentos. Veja:

  • Caramba, o João quase cortou o dedo…
  • Caramba! O João quase cortou o dedo!

Perceba como o uso da vírgula e das reticências, no primeiro caso, dão à frase um tom mais triste, quase reclamão. Já no segundo exemplo, é possível assumir que o falante se assusta e conta a notícia ainda agitado. 

Outra diferença importante é que, no primeiro caso, o “acidente” não parece estar acontecendo no momento da leitura, graças à sensação de calma produzida pelos sinais de pontuação usados. No segundo caso, é como se João quase cortasse o dedo no instante em que lemos a frase.

4. Mudar o sentido da frase

Outra função importante dos sinais de pontuação é auxiliar na distinção de dois sentidos para uma mesma frase. Veja um exemplo já clássico:

  • Não espere por nós.
  • Não, espere por nós.

No caso acima, a adição da vírgula após o “não” inverte o sentido da frase. No primeiro caso, o falante afirma que não é necessário esperar; no segundo, pede que a espera aconteça. Viu só a diferença?

5. Evidenciar termos

E é possível, ainda, evidenciar um dos termos da oração com o uso de sinais de pontuação, dando a ele maior importância ou foco. Veja:

  • Reclamaram, principalmente, do uso de cores claras na parede.

No exemplo acima, o uso da vírgula não é obrigatório. No entanto, quando ela aparece, o advérbio “principalmente” se destaca na oração, dando à reclamação do uso de cores claras na parede uma importância ainda maior. 

Quais são os principais sinais de pontuação?

Na língua portuguesa, temos 10 sinais de pontuação principais. Para entender melhor qual é a função de cada um desses sinais e, mais importante, quando usá-los ou evitá-los em seu texto, basta continuar lendo!

1. Ponto final (.)

A principal função do ponto final é indicar uma pausa longa, marcando o fim de um período sintático completo. Você provavelmente se lembra da sua professora do Ensino Fundamental dizendo: toda oração começa com letra maiúscula e termina com o ponto final. 

Isso significa que ele representa o encerramento de uma ideia, dando espaço para que outra possa começar. Veja exemplos:

  • Ontem, fomos à praia. Hoje, decidimos ficar em casa.
  • Não entendi por que vocês faltaram a aula. Não ouviram o despertador?

Na primeira frase, o ponto final separa dois períodos que também representam duas ideias diferentes: a primeira, referente às atividades do dia anterior; a segunda, às atividades do momento atual. Já no segundo exemplo, o ponto final marca o final de uma dúvida (por que vocês faltaram a aula) para que outra tenha lugar.

Outra função do ponto final é a abreviatura de palavras da língua portuguesa. Veja:

  • Senhor = Sr.
  • Junior = Jr.
  • Vossa Excelência = V. Exa. 

Assim, se você deseja escrever palavras abreviadas na sua redação, lembre-se de incluir o ponto final ao terminá-las. Ah! Mas os símbolos do sistema métrico não são acompanhados pelo ponto. Por isso, escrevemos:

  • O buraco tem 5 cm de profundidade.

Quando não usar o ponto final?

Não é incomum que falantes da língua portuguesa confundam o uso do ponto final com o uso da vírgula. Para diferenciar os dois, é frequente levar em consideração as pausas na frase: se ela for longa, usa-se o ponto; se for curta, a vírgula.

No entanto, cada pessoa tem uma entonação diferente, e pausas longas e curtas se perdem com facilidade quando não estamos em uma comunicação oral. Por isso, é mais importante pensar no encadeamento de ideias. Ou seja:

  • Se a mensagem do período está completa (pode ser entendida sem auxílio de complementos), usa-se o ponto final; ou
  • Se não há termos dependentes uns dos outros, usa-se a vírgula.

Para entender melhor, confira os exemplos abaixo:

  • João estava correndo na rua. Ele tem o hábito de fazer isso todos os dias.
  • O Brasil sediou a Copa do Mundo de 2018. Que não foi vencida.

No primeiro exemplo, perceba que cada período tem o seu sentido completo, e as frases não precisam estar juntas para que façam sentido. Ou seja: o uso do ponto final está correto.

Já no segundo exemplo, o uso do “Que” no segundo período indica que as ideias expressas não são completamente independentes das informações anteriores. Por isso, seria mais adequado usar a vírgula, e não o ponto final.

2. Vírgula (,)

A vírgula é um dos sinais de pontuação que costuma causar mais dúvidas nos falantes de língua portuguesa. E você provavelmente se lembra da sua professora dizendo que ela representa as pausas naturais da fala, correto? Bom, como já mostramos, essa não é uma boa técnica para saber quando realmente devemos usar a vírgula. No lugar dela, vamos conhecer as suas principais funções:

1. Separar termos com a mesma função

Em uma frase, quando fazemos uma enumeração, a vírgula é a responsável por separar todos esses termos, uma vez que eles estão ligados ao mesmo verbo. Veja um exemplo:

  • Compramos ovos, leite, farinha e manteiga.

Na oração acima, os substantivos “ovos”, “leite”, “farinha” e “manteiga” têm todos a mesma função sintática: são objetos diretos do verbo “comprar”. Por isso, eles devem vir separados por vírgula.

Porém, observe as frases abaixo:

  • Maria comprou ovos brancos e marrons, leite, farinha e manteiga.
  • Maria comprou ovos brancos, e marrons, leite, farinha e manteiga.

Nesse caso, os termos “brancos e marrons” não devem ser separados por vírgula porque “brancos” e “marrons” não são termos com as mesmas funções sintáticas dos demais substantivos. Eles caracterizam os ovos e, portanto, devem vir unidos pelo “e”, antes de uma vírgula comum. O segundo exemplo está incorreto.

2. Isolar temos

A vírgula também pode ser usada para isolar os termos de uma frase, enfatizando-os quando necessário. Esses termos podem ter as seguintes funções:

  • Vocativo: João, vá para casa imediatamente!
  • Aposto: João, ex-namorado de Maria, estava doente.
  • Termos antecipados: Ontem à noite, tomamos banho frio.

No entanto, tenha cuidado para não isolar termos que devem sempre vir acompanhados uns dos outros, como é o caso do sujeito e do predicado. Veja:

  • João comprou frutas. (Correto)
  • João, comprou frutas. (Errado)

3. Separar termos e expressões

A vírgula é usada para separar termos e expressões com função explicativa em uma frase. Veja alguns exemplos:

  • Ele faltou aula, pois seus pais estavam doentes.
  • O João, que só tem 9 meses, já aprendeu a andar.

Ela também separa conjunções e conectivos com outros sentidos, como oposição e conclusão:

  • Ele perdeu a prova, então ficará com nota zero.
  • Ela foi à praia, mas não entrou no mar.

3. Ponto e vírgula (;)

Um modo bastante comum de nos referirmos ao ponto e vírgula é dizendo que ele “representa uma pausa maior do que a da vírgula, mas menor do que a do ponto”. Mas já sabemos que este não é um método eficaz para definir uma regra. Então quais são realmente os usos desse sinal de pontuação?

Abaixo, separamos os 3 principais casos em que ele acontece. Antes de conhecê-los, porém, mantenha isto em mente: o ponto e vírgula normalmente está associado a uma diminuição da repetição nas frases.

1. Enumeração

O ponto e vírgula é bastante utilizado quando temos uma lista de tópicos ou uma enumeração. No entanto, ao contrário do que acontece com a vírgula, ele não acontece só quando temos dois termos com a mesma função sintática. Veja:

  • No mercado, Beatriz comprou pão; Marcelo, leite; e Pedro, uvas.
  • Para receber o certificado, você deve apresentar:
    • Documento de identidade;
    • Comprovante de renda;
    • Boletim escolar.

Repare que, na primeira frase, o ponto e vírgula aparece para marcar a enumeração de pessoas e suas compras, enquanto a vírgula tem como função evitar a repetição do verbo “comprou”. Usar apenas a vírgula na frase poderia torná-la mais confusa para o leitor, então o ponto e vírgula pode ser usado.

No segundo caso, temos uma enumeração clássica, em lista. Nesses casos, o correto é separar cada termo por ponto e vírgula, até o último, que deve vir acompanhado do ponto final.

2. Comparações

Em orações em que desejamos fazer uma comparação, o ponto e vírgula evita a repetição e possibilita que a frase se torne mais fluida. Veja:

  • O chocolate era muito doce; o maracujá, porém, estava amargo.

Isso acontece sobretudo em casos de orações coordenadas adversativas, como a do exemplo acima, e orações coordenadas conclusivas, como:

  • O filme é muito bom; ganhou, portanto, o prêmio.

3. Itens na lei

O ponto e vírgula também é o sinal de pontuação correto para ser usado em documentos oficiais, como leis. Ele indica a separação de itens e artigos, e não pode ser substituído pela vírgula. Esta regra é bastante similar à da enumeração em lista. 

4. Dois pontos (:)

Os dois pontos são usados quando é necessário estabelecer uma relação entre dois enunciados. Portanto, ele indica que a oração que o segue está, de alguma forma, ligada à primeira. Podem ser usados nos seguintes casos:

  • No início de uma enumeração, sobretudo em lista;
  • Antes de uma citação;
  • Para apresentar uma explicação, síntese ou consequência;
  • Para indicar uma fala, em um diálogo.

Veja exemplos de cada uma dessas situações:

  • Maria comprou: ovos, frutas e leite.
  • De acordo com René Descartes: “Penso, logo existo.”
  • O que me incomoda é isto: ele não parece interessado em estudar.
  • Por fim, Maria disse: — João, me dê as maçãs.

Lembre-se de que os dois pontos não têm a mesma função que o ponto e vírgula, e não indicam um encadeamento de ideias. Por isso, não devem ser usados em listas ou para evitar a repetição de termos. Além disso, ele estabelece uma relação entre os períodos que separa, o que não necessariamente acontece quando usamos o ponto e vírgula.

5. Ponto de exclamação (!)

O ponto de exclamação é usado, na língua portuguesa, principalmente com a função de indicar a entonação de uma frase. Assim, ele é o responsável por conferir ao texto alegria, tristeza, raiva, surpresa e muitas outras emoções. Veja exemplos:

  • Socorro! Ela está presa!
  • Poxa vida! Tirei uma nota baixa na prova…
  • Oba! Vamos ao parque amanhã!
  • Droga! Quebrei o lápis!

O ponto de exclamação também pode ser usado em interjeições ou em orações imperativas, isto é, que indicam ordem ou pedido. Nesses casos, ele costuma equivaler a uma elevação na voz. Observe:

  • Cuidado! Há um buraco aí.
  • Saia já do computador!

Em usos mais coloquiais, também é comum que o ponto de exclamação venha acompanhado da interrogação. No entanto, esse uso não é indicado em provas e redações de concursos, por exemplo, e sim para textos como mensagens de telefone. Por exemplo:

  • Ele fez o quê?!
  • Como assim ele desistiu do casamento?!

6. Ponto de interrogação (?)

O ponto de interrogação é um dos sinais de pontuação com menos usos possíveis. De modo geral, ele marca uma dúvida e, portanto, é usado em orações que indicam uma pergunta. Por exemplo:

  • Quando ele volta do trabalho?
  • Há quanto tempo estamos na estrada?

No entanto, é muito importante prestar atenção a um detalhe: o ponto de interrogação só aparece em perguntas diretas. Ou seja: quando a dúvida fica implícita na frase ou é formulada de forma indireta, ele não deve ser usado. 

Em seu lugar, usamos os pronomes interrogativos: quem, o que, qual, como, onde etc. Também terminamos a frase com o ponto final. Veja:

  • Quero saber quem bebeu o resto do suco.
  • Não sei qual é o número da casa.

7. Reticências (…)

As reticências são um sinal de pontuação pouco usado em textos mais formais, uma vez que indicam dúvida, hesitação e interrupção. Em redações de concurso, por exemplo, não é comum que o candidato tenha espaço para usar as reticências — e, a depender do tom do texto, elas não são indicadas para dar mais dramaticidade ao que foi escrito. 

Imagine, por exemplo, que um candidato fala sobre o acesso ao saneamento básico. E termina o parágrafo assim: “Esse cenário piorou nos últimos anos, graças ao descaso público…” Um pouco estranho, não é? Afinal, essa oração não é assertiva, o que pode indicar que o candidato não tem certeza do que está falando.

Em vez disso, use as reticências para:

  • Indicar dúvida ou hesitação: “Eu… Não sei se devo falar…”
  • Prolongar uma ideia: “Há flores, campos, lagos, nuvens…”
  • Para indicar uma supressão na citação: “Tinha olhos de cigana […] dissimulada.”
  • Indicar uma interrupção em um diálogo:

— Mãe, você pode…

— Estou ocupada, João!

8. Parênteses

Apesar de muito populares na Matemática, o uso dos parênteses em textos da língua portuguesa não é muito vasto. Ainda assim, é importante conhecer os casos em que eles são necessários. São eles:

1. Para indicar a rubrica em uma peça de teatro

No teatro, a rubrica é usada para fazer o papel do narrador. Ela indica os comandos que os atores devem seguir no palco, quais cenas estão acontecendo, os objetos que compõem essas cenas etc. E devem vir sempre indicadas entre parênteses, assim:

  • (Entra João, com o olhar triste.)

2. Para introduzir informações extras

Ao escrevermos um texto para concurso ou uma redação importante, as informações extras devem ser deixadas de lado sempre que possível. No entanto, em alguns casos, é necessário indicá-las, e isso deve ser feito entre parênteses. Observe alguns exemplos:

  • Para dar o significado de uma sigla: “O Exame da OAB (Ordem de Advogados do Brasil) acontecerá daqui uma semana.”
  • Para indicar o significado de uma palavra: “A palavra desastre é formada pelo prefixo des- (não) e a palavra latina –aster (astro).”

3. Para indicar referências bibliográficas

Em textos acadêmicos, não é incomum que os autores façam referências a uma bibliografia. Para indicar a quem a citação usada pertence, as informações devem vir apresentadas entre parênteses:

  • “Penso, logo existo.” (René Descartes)

4. Para indicar ano de nascimento e morte

É muito comum que, em textos corridos, as datas de nascimento e morte de uma figura pública precisem ser mencionadas. Embora essa informação não seja vital para o texto, ela dá ao leitor uma importante referência temporal. Assim, é apresentada entre parênteses:

  • Machado de Assis (1839-1908) é um dos maiores escritores brasileiros.

9. Aspas (“ ”)

As aspas também não são um sinal de pontuação com muitos usos. Os principais deles são:

  • Abrir e fechar citações: “Penso, logo existo.”
  • Indicar ironia: Ele “estudou” ontem à noite.
  • Indicar gírias: Ele “vacilou” com os amigos.
  • Marcar estrangeirismos: Fizemos o “back up” do computador.
  • Indicar o título de um artigo ou parte de uma obra: “Capítulo 7: Borboletas azuis.”

É muito importante ter em mente que as aspas são sempre indicadas como dois sinais. Quando usamos apenas um (‘ ’), estamos fazendo referência a um apóstrofo, cuja função é indicar a supressão de uma letra: caixa d’água.

Além disso, a pontuação que acompanha as aspas também varia. Assim:

  • Se usamos dois pontos antes das aspas, a pontuação fica do lado de dentro.

Descartes dizia: “Penso, logo existo.”

  • Se não usamos dois pontos antes das aspas, a pontuação fica do lado de fora.

O pensamento de Descartes afirmava que “Penso, logo existo”.

10. Travessão

O travessão possui dois usos principais: 

  • Indicar o início e o fim de uma fala em textos com diálogo;
  • Destacar trechos, como apostos.

Veja exemplos:

  • — Vamos, João! — disse Maria.
  • A muralha da China — que foi construída entre 220 e 206 a.C. — tem 8 metros de altura.

Em outros idiomas, também é comum que o travessão seja substituído por aspas nos diálogos. No Brasil, porém, este não é um uso comum.

Da mesma forma, o travessão pode ser substituído pela vírgula ao separar o aposto explicativo. Em orações muito longas, porém, o travessão pode ajudar a reduzir a ambiguidade e demarcar melhor os apostos.

Esperamos que este conteúdo tenha te ajudado a entender por que e quando usar os sinais de pontuação. E se você quiser saber mais sobre o assunto, não deixe de conferir outras 100 dicas de português para concurso!

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