Está curioso sobre o Metaverso? Entenda o que é e como funciona!

Explicamos aqui o conceito, como entrar e mais informações que você precisa saber agora sobre o Metaverso!
Fotografia de um garoto utilizando óculos de realidade virtual para entrar no Metaverso.

À medida que o tempo passa, a internet cumpre um papel cada vez maior de aproximar as pessoas. Em tempos de dificuldade de encontros presenciais, como durante os piores momentos de covid-19, por exemplo, a vida online se torna a forma de manter a sociedade em funcionamento.

O Metaverso surge para isto: trazer uma existência virtual que complemente as nossas relações tidas na esfera “real”. Nesse mar de possibilidades e novidades, você provavelmente ficou com várias dúvidas quanto ao seu funcionamento.

Neste texto, explicaremos o que é o Metaverso, mostrando sua inserção e algumas características importantes. Além disso, passaremos também pela forma de participar dele e das críticas recebidas. Boa leitura!

O que é Metaverso?

O Metaverso é uma experiência de um universo virtual, aplicando recursos como realidade aumentada e realidade virtual para construir esse mundo. A ideia é estabelecer um ambiente imersivo no qual as pessoas possam construir suas vidas dentro do espaço, unindo o digital com o real.

Diferente de um jogo, no qual as pessoas apenas criam um avatar e cumprem seus objetivos, o metaverso vai além. Ele estabelece relações reais – mesmo que dentro de um dispositivo – nas quais podemos trabalhar, estudar, negociar e manter relações sociais.

Quais são os conceitos importantes do Metaverso?

Para que o Metaverso realmente funcione da forma que se propõe, ele precisa se apoiar em diversos conceitos e recursos tecnológicos. Essa passagem de nível, de sair do simples uso da internet para a construção de um universo funcional, requer a aplicação de algumas soluções.

Dentre diversos termos que serão encontrados ao se falar deste mundo, alguns são fundamentais para entendê-lo. Conheça agora 6 principais: 

Realidade virtual (VR)

Sem muito segredo, a realidade virtual é um ambiente 3D estabelecido por meio de um programa, com a finalidade de simular o mundo real. De certa forma, sua ideia é transpor a vida para dentro de uma tela.

O software da realidade virtual pode ser bem variado, funcionando em desktops, smartphones ou outros dispositivos. Dependendo de como a realidade virtual for proposta, pode ser necessário o uso de óculos de VR, fones de ouvido e outros equipamentos, que servem para criar efeitos visuais e sonoros mais imersivos e realistas.

Realidade aumentada (VA)

Um pouco mais complexa, a realidade aumentada cria uma atmosfera que combina o mundo real com o virtual. Ao invés de criar um novo universo, ela insere recursos digitais no ambiente concreto.

Um dos melhores exemplos que temos para a realidade aumentada é o jogo Pokémon Go. No game, as criaturas virtuais são inseridas em espaços reais, demandando que os usuários vão fisicamente a esses lugares.

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Internet

Apesar de não ser necessário definir o que é a internet, ela não poderia estar fora desta lista. Estar conectado na web é fundamental para chegar no Metaverso, afinal, as relações interpessoais são mantidas online, contando com a conexão dos usuários.

Criptomoedas

Criptomoedas são as moedas digitais utilizadas dentro do Metaverso e também em outros espaços digitais. Se no mundo real cada país tem seu próprio dinheiro, cada universo virtual pode também contar com o seu.

Algumas das criptomoedas mais famosas são:

  • GALA, do Gala;
  • Mana e Land, do Decentraland;
  • AXS, do Axie Infinity;
  • SAND, do The Sandbox;
  • MATIC, do Polygon; e
  • LUNA, da Terra.

O interessante é que não se tratam apenas de “dinheiro de jogo”, essas moedas possuem correspondência com o dinheiro real. Além disso, elas são das que mais valorizam.

Blockchain

Blockchain é um banco de dados descentralizado, que armazena informações por meio de um código criptografado. Esse sistema possibilita o rastreamento de envio e recebimento de informações na internet, dando origem, assim, às criptomoedas, começando pelo Bitcoin.

Os Metaversos aproveitam dessa tecnologia, a utilizando para que as negociações sejam estabelecidas em seus mundos. Você pode imaginar o Blockchain como uma enorme planilha do Excel, que pode ser acessada e vista por todo mundo.

NFT

Um dos termos relacionados ao Metaverso mais comentados na atualidade, os NFTs são os tokens não fungíveis. Eles estabelecem uma espécie de código digital que autentica um objeto, assegurando que ele é único.

Recentemente, uma discussão sobre os limites da realidade digital teve início com a utilização de NFT. O debate se dá em cima do entendimento de singularidade de itens que, por serem digitais, poderiam ser facilmente replicados.

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Quais são a história, experiências e referências do Metaverso?

Apesar de o Metaverso ter ficado popular apenas recentemente, em 2021, sua ideia surgiu bem antes disso. De certa forma, até mesmo a sua aplicação, mesmo que de maneira mais simples e limitada, também já conta com alguns anos.

Seja na literatura, no cinema, ou nos games, os universos virtuais já se apresentaram algumas vezes para a população. Apesar de nenhuma dessas experiências corresponder ao que é apresentado como Metaverso hoje em dia, elas foram importantes para chegarmos ao ponto atual. Conheça algumas delas:

Snow Crash

Snow Crash é um livro de Neal Stephenson, lançado em 1992, que pela primeira vez apresentou o termo Metaverso. Na história, o personagem principal é um entregador de pizzas no mundo real, enquanto na realidade virtual (Metaverso) ele se torna um samurai.

Apesar de ser apenas uma história, ela foi importante para dar origem a outras experiências. Após o livro, se tornou comum ver jogos onde se criam vidas paralelas.

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Matrix

Sucesso lançado em 1999, o filme Matrix também é uma grande referência ao conceito de Metaverso. Apesar de se tratar de uma realidade distópica e opressora, a obra mostra a interseção do mundo real com o virtual, acompanhada de muita filosofia.

Second Life

Já em 2003, o jogo Second Life surgiu com um conceito muito próximo do que temos hoje em dia como Metaverso. Sendo entendido como uma das primeiras iniciativas, o game trazia um mundo virtual 3D no qual as pessoas criavam seus avatares e podiam socializar e interagir uns com os outros.

Roblox, Fortnite e Minecraft

Com um conceito próximo ao que temos do Metaverso atual, jogos como Roblox, Fortnite e Minecraft constroem realidades virtuais nas quais os usuários podem criar “vidas” paralelas. Apesar de serem voltados para os games, é possível interagir nessas plataformas e ir até em eventos. Um bom exemplo disso foi o show que a cantora Ariana Grande fez dentro do Fortnite.

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Meta

Por fim, em 2021 a empresa Facebook informou a mudança de seu nome para Meta. Esse foi, provavelmente, o maior acontecimento a trazer o Metaverso para o debate na sociedade.

Além de fortalecer suas redes sociais e propor novos modelos de negócios, a empreitada busca trazer a experiência completa. Para ficar por dentro é preciso entender que:

  • Meta é o novo nome que a empresa assumiu;
  • apesar de a companhia ter mudado de nome, a rede social continua se chamando Facebook; e
  • Horizon Worlds é o nome do primeiro Metaverso da empresa.

Quem é o dono do Metaverso?

Antes de responder essa pergunta, é preciso ter em mente que não existe um Metaverso e sim alguns Metaversos. Cada experiência de realidade virtual que permite que as pessoas construam uma “vida” alternativa poderá ser entendida desta forma.

Sendo assim, não podemos dizer que existe um dono do Metaverso. No caso daqueles que uma empresa controla, como, por exemplo, a Meta com o Horizon Worlds, existe um dono claro. Esses são os exemplos de realidade virtual centralizada.

Em sentido oposto, surgem os Metaversos descentralizados, que são aqueles criados por desenvolvedores e com maior liberdade de uso para os usuários. Esse modelo combina mais com o que é esperado para o futuro, com a Web 3.0, que deverá ser aberta, descentralizada e sem barreiras.

Qual o preço para entrar no Metaverso?

Como existe uma pluralidade de Metaversos, não tem um preço certo para isso. Cada serviço pode cobrar um valor, seja para entrar ou para usufruir de seus recursos.

Pensando nos que priorizam os jogos, como o Roblox e o Minecraft, é possível entrar nesses mundos sem pagar nada. Entretanto, para ter acesso a todos os recursos, é preciso contar com algumas criptomoedas.

De maneira geral, os Metaversos controlados por empresas são assim. É possível criar uma conta gratuita, mas para utilizá-la em todo o seu propósito há um custo.

Como se entra no Metaverso?

Apesar de ser um recurso mais rico e complexo do que uma rede social habitual, a forma de entrar não é muito diferente. O usuário cria sua conta e depois começa a “viver” naquela realidade virtual.

Além de se atentar aos custos que poderá ter no Metaverso, é possível precisar de algum apetrecho para utilizar determinados serviços. Além do computador ou smartphone, alguns universos poderão pedir por tecnologias, como óculos de VR ou AR e joysticks.

Por fim, é preciso lembrar que o Metaverso requer uma boa internet. Além de um dispositivo bem equipado, é preciso de uma rede de qualidade para aguentar um novo mundo.

Quais os perigos e problemas do Metaverso?

Apesar de estar surgindo como uma ótima ideia, nem tudo são flores. Na atual fase, em que os Metaversos já existem, porém precisam se expandir e ganhar popularidade, já existem alguns problemas.

Neste sentido, algumas críticas aparecem mais. Conheça agora 5 delas:

1. Centralização

Se o conceito é estabelecer um mundo paralelo, imaginar que ela tenha um dono já foge bastante do ideal. Para que as pessoas estejam à vontade para participar da realidade virtual, é interessante que elas possam contar com liberdade para isso.

2. Privacidade

Ainda pensando no domínio das empresas sobre os metaversos, temos também o problema da privacidade. Empresas como Meta, Microsoft e Google já possuem uma infinidade de dados, o que pode se tornar ainda mais perigoso com uma conexão maior com as realidades virtuais centralizadas.

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3. Gastos

Com um mundo tão desigual, é perigoso trazer uma tecnologia que requer que as pessoas tenham ainda mais gastos. Esse debate se torna ainda mais aprofundado quando pensamos que muitos dos recursos não existem de verdade, como, por exemplo: vale a pena comprar uma casa em um ambiente virtual?

4. Vício

Pense no tempo que você perde na frente do celular jogando ou acompanhando as redes sociais. Agora imagine tudo isso em uma única plataforma mais imersiva e com a possibilidade de realizar outras atividades de nossas vidas. 

5. Alienação da vida real

Por fim, muito próximo do vício, temos a alienação que o Metaverso pode causar. Quanto mais as pessoas entram em uma realidade virtual, mais elas perdem o contato com o mundo real.

Por mais que o Metaverso tenha uma proposta de que, no futuro, as pessoas possam trabalhar e estudar dentro dele, isso ainda não é assim. É preciso saber equilibrar o virtual com o real.

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Qual a relação das empresas com o Metaverso?

Além das empresas que estão criando o seu próprio Metaverso, algumas já perceberam as possibilidades de marketing da nova tecnologia. Com propostas bem avançadas, alguns exemplos interessantes merecem ser ressaltados. Conheça-os:

  • A Nike, além de ter uma plataforma dentro do Roblox, adquiriu uma startup especializada em NFTs de moda e lançou alguns tênis personalizáveis, que podem ser mostrados com realidade aumentada a partir de filtros do Snapchat;
  • O Banco do Brasil criou uma filial dentro do GTA, no qual o usuário pode abrir uma conta e até mesmo trabalhar na empresa;
  • Na música, Ariana Grande e Emicida já fizeram shows no Fortnite e Zara Larsson já se apresentou no Roblox;
  • A Renner apresentou uma coleção de roupas digitais dentro do Decentraland
  • A Stella Artois realiza patrocínios de corridas de cavalos dentro de jogos online.

Esperamos que você tenha aprendido bastante sobre o Metaverso! Se você quer se aprofundar ainda mais nas novas tecnologias, confira o nosso artigo sobre o fenômeno das cidades inteligentes!

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