Veja o que é gestão estratégica e saiba como colocar em prática

Entenda o conceito de gestão estratégica, além de como formular, implementar e acompanhar. Continue a leitura!
Gestão Estratégica: mulher jovem em sala de reuniões

Independentemente do porte de uma empresa, a gestão estratégica é imprescindível para que o negócio se torne relevante no mercado e expanda a sua operação.

É a partir deste gerenciamento que uma série de aspectos-chave para a empresa é levantada: competitividade, recursos disponíveis, ameaças, oportunidades, entre outros. Desta forma, a gestão estratégica é capaz de orientar a tomada de decisão no negócio. 

Lembre-se sempre de que toda organização deve ter como norte um planejamento estratégico. De tal modo que os diferentes departamentos que a compõem trabalhem em conjunto para executá-lo e, assim, atingir os objetivos gerais estipulados.

A integração entre todos os setores da companhia, do departamento de finanças ao de produção, é imprescindível para que ela alcance tais objetivos, que, por sua vez, são estabelecidos a partir de uma gestão estratégica.

Diante disso, preparamos este artigo para apresentar a você o conceito de gestão estratégica, além de como formular, implementar e acompanhar. Continue a leitura!

O que é gestão estratégica?

A gestão estratégica consiste na administração de todos os recursos de uma empresa a fim de buscar alcançar as suas metas e objetivos norteadores. Trata-se do gerenciamento do negócio pautado por um planejamento estratégico, que modo alcance toda a estrutura organizacional.

No livro Gestão Estratégica de Negócios, o autor Nelson Ludovico reflete que o turbulento ambiente da economia mundial e os imprevistos característicos do ambiente de negócios, aliados à 4ª Revolução Industrial, exigem uma nova dinâmica na gestão das empresas e na tomada de decisão. 

Segundo o autor, esses aspectos demandam a formulação e implementação de estratégias que possam gerar ou adicionar valor à organização. Ele faz a seguinte reflexão:

“O mundo dos negócios precisa antecipar possíveis surpresas, daí a necessidade de as organizações otimizarem recursos (pessoas, tempo, recursos financeiros e outros recursos materiais) e utilizarem processos que possam determinar os objetivos e como atingi-los. 

A isso denomina-se processo de gestão estratégica, que analisa a importância de as empresas considerarem frequentemente as forças causadoras de mudanças, suas tendências e impactos, que exigirão formulação de estratégias e competências para adicionar valor ao negócio.

Desenvolver um processo de gestão estratégica organizacional deve contar com a experiência dos executivos e seu empenho em definir objetivos de longo prazo e como atingi-los.” Pontua. (nossos destaques)

Requerendo que os planejadores dos negócios:

  • Analisem o ambiente competitivo de suas organizações, observando as forças competitivas, as mudanças e as vantagens competitivas;
  • Discutam o novo horizonte de concorrência no século XXI

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Vantagens da gestão estratégica

Uma gestão estratégica eficaz é capaz de gerar uma série de benefícios para uma empresa. Isso porque este processo de gerenciamento é baseado no alinhamento de expectativas e na priorização de que resultados são importantes para o negócio.

Entre os seus impactos positivos, podemos destacar que ela ajuda a:

  • Aumentar a competitividade da organização;
  • Maximizar a produtividade dos times;
  • Promover a valorização dos colaboradores;
  • Diminuir a taxa de turnover e reter talentos;
  • Estabelecer estratégias alinhadas com todos os colaboradores.
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Prejuízos gerados por uma administração ruim

No livro, Nelson Ludovico também aponta os malefícios de uma má gestão empresarial, como você pode ver a seguir.

“Dados de empresas norte-americanas que levantam e analisam estatísticas de atividades de negócios naquela economia concluem que a má administração é responsável por 90% dos fracassos nos negócios. 

Quase metade desses fracassos é atribuída à tomada inadequada de decisões, e a outra metade se deve a diferentes fatores que aqui se encontram listados:

  • Desconhecimento do mercado;
  • Desconhecimento do produto e/ou serviço;
  • Problemas com qualidade;
  • Localização inadequada;
  • Problemas na relação com os fornecedores;
  • Tecnologias de produção obsoletas;
  • Imobilização excessiva do capital;
  • Política equivocada de crédito;
  • Falta de controle de custos e de gestão financeira;
  • Falta de sistema de planejamento e informações gerenciais.

Podemos perceber claramente que esses motivos estão relacionados com a ausência de processos estruturados de gestão estratégica e de seu domínio pelos tomadores de decisão na organização. 

É durante a elaboração de um plano estratégico que os tomadores de decisão alertam para forças que geram mudanças no mercado em que atuam, com o olhar voltado para a crescente complexidade do ambiente de negócios  e com o dever de trazer temas sensíveis para discussão.

Esses temas podem estar associados ao sucesso ou ao fracasso de determinada organização, mas sempre devem fazer parte da agenda executiva para os anos futuros”. (Destaques nossos)

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4 pilares da gestão estratégica

Até aqui, você pôde entender com mais profundidade o conceito de gestão estratégica e a importância da sua aplicação pelas empresas, para que se mantenham competitivas no mercado. Posto isso, trataremos a seguir os 4 pilares que sustentam este tipo de prática administrativa empresarial. 

Você verá que eles acompanham o conceito do ciclo PDCA (Plan – Planejar, Do – Fazer, Check – Acompanhar, Act – Agir). A finalidade do PDCA é apoiar a melhoria na gestão de processos, de modo que se chegue a um gerenciamento mais objetivo e eficaz. 

Além de facilitar a tomada de decisão, o ciclo PDCA fomenta o trabalho em equipe, a partir de sessões de brainstorming (prática muito utilizada na gestão de pessoas) para a resolução de problemas, além de buscar a melhoria e o aprendizado contínuos.

Vamos, então, aos pilares da gestão estratégica? Confira:

  1. Diagnóstico
  2. Formulação
  3. Implantação
  4. Acompanhamento

1. Diagnóstico

Antes de se executar uma gestão estratégica, é necessário, em primeiro lugar, avaliar a estratégia atual do negócio. Ou seja, analisar os seus objetivos e metas e, a partir deles, realizar um mapeamento dos fatores internos e externos que impõem dificuldades ao seu atingimento.

Da mesma forma, este mapeamento possibilitará que a empresa identifique também ameaças e oportunidades. Isso significa que a implementação de uma gestão estratégica passa pela estruturação de uma matriz SWOT, ou matriz FOFA.

Matriz SWOT

A matriz SWOT (ou matriz FOFA, na sigla em portguês) é um método de planejamento estratégico que implica na análise de cenários a partir de quatro fatores. São eles, em inglês: Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats. Em português: Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.

Simples e prática, tal ferramenta pode ser utilizada em empresas de qualquer segmento e porte. 

E, a partir desta análise, é possível entender quais as áreas mais importantes para o seu negócio, o grau de maturidade da empresa, o desempenho atual – em relação ao esperado –, além do que precisa ser feito para que a companhia atinja os seus objetivos.

O que avaliar no diagnóstico?

A realização do diagnóstico estratégico deve buscar esclarecer alguns pontos-chave, como:

  • As diretrizes da empresa estão claras para todos os colaboradores?
  • Como é realizado o planejamento estratégico atualmente?
  • Como o negócio se enxerga frente aos concorrentes?
  • A empresa conhece os pontos fortes e os pontos fracos da concorrência?
  • Quais são os diferenciais competitivos da companhia, ou seja, os atributos mais valorizados pelos clientes?
  • Quais são as oportunidades e ameaças presentes no mercado em que o negócio se insere?
  • O que a empresa é capaz de fazer, diante de sua estrutura e recursos atuais, para mitigar as ameaças e aproveitar as oportunidades?
  • Todos os colaboradores estão devidamente treinados?
  • Os processos internos são maduros?

Essas são algumas das perguntas  que devem nortear o diagnóstico estratégico!

2. Formulação

Chegou a hora de criar um plano de ação! Esta etapa consiste na elaboração de um plano com ações estratégicas para que a empresa possa se destacar diante dos concorrentes, antecipar-se às mudanças e ameaças potenciais, atrair novos clientes e manter os consumidores já conquistados.

Isso significa que é preciso definir objetivos estratégicos e desenvolver um plano em que estejam expressos pontos como:

  • Objetivo geral que deve ser atingido;
  • Ações a serem executadas com este propósito;
  • Cronograma das ações;
  • Orçamento que deverá ser destinado a cada ação/atividade;
  • Meta de cada ação específica;
  • Responsáveis pela execução de cada etapa do plano de ação;
  • Riscos previstos e planos de contingência para mitigá-los.

No momento da formulação, deve-se criar uma estratégia de gestão de riscos, que contemple possíveis percalços que possam surgir no meio do caminho e maneiras de freá-los.

Além disso, ao desenvolver uma estratégia, a organização deve se pautar por seu objetivo-chave. Ou seja, “para onde quer ir”. A partir daí, é possível decidir entre diferentes possibilidades de estratégias, focadas, por exemplo, em: sobrevivência, manutenção, desenvolvimento ou crescimento.

3. Implantação

Definido o plano de ação, chega o momento de colocá-lo em prática. Nesta etapa, pode-se utilizar ferramentas como o Indicadores Balanceados de Desempenho (BSC, na sigla em inglês). 

Trata-se de uma metodologia de gestão de desempenho que ajuda a analisar todas as métricas traçadas no plano estratégico, que estejam conectadas a partir de uma relação de causa e efeito.

O BSC pode ser útil para ajudar a avaliar os resultados na medida em que cada ação é executada. Lembre-se de que, mais do que tirar as ações do papel, monitorá-las é essencial.

Na hora da implementação, busque responder a questões como:

  • O orçamento está sendo cumprido, de acordo com a organização financeira do negócio?
  • Todas as áreas envolvidas no plano de ação estão atuando em sinergia?
  • Como eventuais problemas estão sendo tratados?
  • Houve mudanças significativas no mercado?
  • O plano estratégico precisa ser revisto?

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4. Acompanhamento

Bastante atrelado ao processo de implantação, o acompanhamento consiste justamente em monitorar a efetividade ou não do plano de ação. Isso envolve, em grande parte, avaliar se o plano consegue atender aos objetivos estipulados sem afetar o orçamento empresarial de forma negativa.

Crie objetivos operacionais, a partir dos objetivos estratégicos gerais, para que sejam distribuídos entre as equipes responsáveis e avaliados, de forma estruturada, pelas lideranças da companhia.

Importância de contar com bons profissionais

No livro Gestão Estratégica de Negócios, o autor Nelson Ludovico faz um alerta aos líderes de negócios. Eles devem adotar uma postura que reflita a competitividade atual do mercado e contar com profissionais qualificados.

“Economias de escala ou vultosos orçamentos em propaganda não são mais tão eficazes quanto costumavam ser. Os administradores devem adotar posturas que valorizem a flexibilidade, velocidade, inovação, integração e os desafios que surgem devido a mudanças nas condições e necessidades organizacionais.

A competição forte pela qual o mundo dos negócios passa agora exige profissionais muito bem treinados, assertivos e rápidos. Eles têm de tomar decisões sobre os negócios, mesmo não estando presentes fisicamente no palco dos acontecimentos. 

As organizações esperam que eles sejam proativos para se autotreinarem, conheçam muito bem os negócios (e seus correspondentes processos) pelos quais se responsabilizam e estejam habilitados para prever os impactos das decisões tomadas. 

A tecnologia, nesse caso, é classificada como vetor e não como agente”. (Destaques nossos)

Em suma, tenha em mente que a gestão estratégica deve gerenciar os recursos da empresa para alcançar os objetivos e metas pretendidos por meio da otimização de recursos e processos. E, claro, tudo isso só é possível com o comprometimento e a integração entre as diferentes áreas e profissionais do negócio.

E, então, gostou do nosso guia sobre gestão estratégica? Continue no nosso blog! Há muitos outros conteúdos que podem ser úteis para ajudar você a turbinar a administração da sua companhia. Aproveite para conferir as nossas 16 dicas para alcançar o bem-estar no trabalho!

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