Tudo o que você precisa saber sobre o influencer

Influence: Mulher engaja seguidores

É bem possível que você já tenha comprado um produto ou contratado um serviço depois de ver um tutorial ou review sobre o tema, de alguém que você segue nas redes sociais e confia.

Pois é, os influencers têm determinado como milhões de pessoas agem — e até pensam. Nos últimos anos, eles vem ganhando a atenção de multidões a partir de redes como Instagram, TikTok e Twitter.

Para que você tenha uma ideia sobre a proporção de influenciadores digitais que já se estabeleceram em terras tupiniquins, o Brasil tem 500 mil influencers com mais de dez mil seguidores

O número supera o total de engenheiros civis (455 mil), dentistas (374 mil) e arquitetos (212 mil). Empata com a quantidade de médicos (502 mil).

Quando se considera os influencers com mais de mil seguidores, o número extrapola para 13 milhões, o equivalente a 6% da população brasileira.

O Brasil é o segundo país que mais segue influenciadores digitais no mundo (44,3% dos usuários). Fica atrás apenas das Filipinas (51,4%). 

Também entram no Top 5 outras nações emergentes: Nigéria, Indonésia e Argentina. 

Os dados são da Nielsen — empresa norte-americana líder mundial em medição, dados e análises de audiência — e das agências Hootsuite/We Are Social.

Neste artigo, você vai entender quem são os influencers, onde eles falam, o quanto eles — de fato — influenciam, além de conferir algumas dicas-chave, caso você mesmo(a) queira se tornar um influenciador digital.

Continue a leitura!

O que é ser um influencer?

Um influencer é uma pessoa que se destaca por meio da produção de conteúdo para um ou mais canais na internet. Entre eles, estão as redes sociais. A partir da autoridade que conquistam online, os influenciadores digitais são capazes de afetar o comportamento e influenciar a decisão de compra de seus seguidores.

Por receberem atenção de uma parcela do mercado, os influencers são procurados por empresas para a divulgação de produtos e serviços.

O sucesso do seu trabalho é medido, sobretudo, pelo engajamento que são capazes de gerar entre aqueles que os seguem.

Boa parte dos influenciadores é formada por pessoas comuns falando para pessoas comuns, sobre assuntos específicos ou compartilhando a sua rotina. O sucesso é conquistado justamente pela criação de empatia estabelecida junto ao público. 

Muitos influenciadores entram na rede de relacionamentos de seus seguidores, de forma virtual, e são encarados como pessoas próximas e de confiança.

É possível, inclusive, conversar diretamente com eles. As redes sociais permitem, por exemplo, a interação em tempo real a partir das lives, em que o influencer pode acompanhar e responder às perguntas dos usuários.

Sendo assim, um influenciador de sucesso não é necessariamente o que tem mais seguidores, mas a figura que constrói um relacionamento intenso e de confiança com determinados nichos.

Considere, por exemplo, o mercado de cosméticos veganos.

Muitos influenciadores ligados a esta fatia de mercado são especialistas no assunto. Testam produtos, compartilham a sua rotina de cuidados e se interessam por causas ligadas à sustentabilidade.

São seguidos, portanto, por pessoas que têm valores afins

Para as empresas que atuam no ramo, aproximar-se destes influencers e, logo, de seu público é uma excelente oportunidade.

Criador de conteúdo X Influencer

Você se considera um criador de conteúdo? De acordo com o estudo de tendências para 2022 realizado pela HubSpot, o “2022 State of U.S. Consumer Trends Report“, 24% dos mais de mil consumidores que participaram do levantamento se veem como criadores de conteúdo. Entre os respondentes, há também os que se enxergam como influenciadores.

Criador de conteúdo é a pessoa que produz conteúdos para qualquer tipo de plataforma, online ou offline. Influencer, por sua vez, é quem usa um ambiente digital a fim de influenciar outras pessoas (em geral, as redes sociais).

Geração Z

Tratando-se da geração Z, os chamados nativos digitais, 30% das pessoas que responderam à pesquisa se consideram criadores de conteúdo e 26%, influencers.

Millenials

Já entre os millenials, 38% acreditam que sejam criadores de conteúdo e 29%, influenciadores.

Geração X

Quanto aos membros da geração X, 28% acham que podem ser encarados como criadores de conteúdo e 19%, como influenciadores.

Baby boomers

E, se você pensou que os baby boomers não entrariam nesta conta, enganou-se! 7% desses respondentes se consideram criadores de conteúdo e 6%, influencers.

Também é importante levarmos quem acompanha as pessoas que se consideram criadoras de conteúdo ou influenciadoras no estudo.

A maior parte (84%) tem até dez mil seguidores ou inscritos. 

Medindo o grau de influência: O que é o tripé da influência?

O tripé da influência é uma técnica usada para medir o grau de influência de alguém, que leva três fatores em consideração. Veja:

  1. Alcance: potencial de pessoas que podem ser impactadas por um influenciador, determinado por meio do número de seguidores.
  2. Relevância: importância e nível de relacionamento que o influencer tem com o seu público. Costuma ser avaliado a partir das métricas de engajamento.
  3. Ressonância: está relacionado a quanto os seguidores de um influenciador estão dispostos a repassar a mensagem que recebem. Geralmente é associado a ações como compartilhamentos e menções sociais.

Quantos seguidores são necessários para ser considerado influencer?

Não há um número mínimo de seguidores para que uma pessoa possa ser considerada uma influenciadora digital. Aliás, ter muitos seguidores não é sinônimo de influência.

Uma pesquisa realizada pelo Ipsos mostrou a relação entre fama e influência. Desmistificou o senso comum e mostrou que as personalidades mais conhecidas não são necessariamente aquelas capazes de influenciar comportamentos.

“A nova edição da pesquisa reforça que a influência das personalidades não é proporcional à fama delas. A fama é fácil de se avaliar, analisando o quanto as celebridades são conhecidas. Já a influência é um processo de construção complexo que tem, entre outros fatores, a popularidade como um dos pontos avaliados”, comentou Cíntia Lin, diretora na Ipsos. 

Nano, micro e macroinfluenciadores

Tanto é que os microinfluenciadores — influencers que possuem entre dez e cem mil seguidores — se tornaram uma camada bastante importante no universo do marketing de influência.

Tais perfis costumam ter taxas de engajamento maiores em relação às dos grandes influencers, que possuem milhões de seguidores.

No site americano Insights for Professionals, Katherine White, que é consultora de marketing de marcas como Mercedes-Benz, fez uma colocação que pode ajudar a entender melhor este cenário:

Microinfluenciadores não têm um status de celebridade. No entanto, podem querer fazer seu tempo render dinheiro. Têm um certo número de seguidores, mas não são tão caros quanto macroinfluenciadores. Sua autenticidade atrai engajamento e atenção. Seu número de seguidores significa que têm habilidade de construir relacionamento com o seu público”.

Há ainda os nanoinfluenciadores, que possuem até dez mil seguidores. Ainda de acordo com Katherine White:

“Nanoinfluenciadores são benéficos para marcas porque querem se expor a uma comunidade ou região muito específica. Se você for uma empresa local que quer melhorar seu brand awareness, nanoinfluenciadores darão o resultado que você espera.

Como eles não têm tantos seguidores quanto um influenciador famoso, seu público vai ver seus anúncios como se fossem um conselho de um amigo. Por outro lado, eles muitas vezes são inexperientes para trabalhar com marcas, o que pode diminuir o valor do branded content da campanha”.

O que é marketing de influência?

O marketing de influência é o “pote de ouro” nas redes sociais, responsável por gerar confiança entre o público e o influencer. Isso ocorre a partir de uma boa reputação, credibilidade e comunicação assertiva. 

A construção desta relação gera engajamento e, claro, conversão. Ou seja, faz com que os usuários que seguem esses influencers comprem produtos e contratem serviços.

Como você viu até aqui, os influencers contam com um público fiel na internet, tendo alto poder de persuasão sobre a sua audiência.

Quando teve início, em 2016, o marketing de influência movimentou cerca de US$1,7 bilhão. Para 2022, a previsão é de que gire algo em torno de US$16,4 bilhões — quase dez vezes mais do que em seu começo. 

As campanhas publicitárias estreladas por celebridades na televisão têm sido, cada vez mais, substituídas por campanhas de influenciadoras feitas nas redes sociais.

Existe uma grande quantidade de pessoas influenciando outras nesses canais. A partir disso, marcas podem identificar quem são as pessoas que melhor podem representá-la e alcançar o seu nicho de forma muito mais precisa.

Quanto dinheiro é investido no marketing de influência?

Um novo relatório da Insider Intelligence indicou que, nos Estados Unidos, os anunciantes investiram, em 2022, US$ 2,23 bilhões em marketing de influência no Instagram e cerca de US$774,8 milhões no TikTok. 

No YouTube, foram investidos US$948 milhões. Já no Facebook, os investimentos em marketing de influência ficaram em US$739 milhões.

Quando avaliamos uma rede como o Instagram, vemos que ela pode ser uma ferramenta de trabalho bastante versátil, com possibilidades diversas. A criação de conteúdos pode acontecer em formatos como:

  • Lives;
  • Stories;
  • Fotos;
  • Enquetes;
  • Vídeos rápidos (os famosos Reels), entre outros.

As marcas ainda têm liberdade para criar cupons de desconto e outras ofertas específicas. Esses benefícios podem ser divulgados pelos diferentes influenciadores que contratam, adaptados ao perfil de público específico de cada influencer.

Este, aliás, é o “pulo do gato” quando pensamos em marketing de influência: otimizar os recursos de forma a mirar em um público exato, ainda que infinitamente menor se comparado àquele atingido por uma propaganda tradicional em horário nobre na TV. 

Pense que, no caso de um anúncio televisivo, por exemplo, pode haver um custo de milhões para atingir pessoas de forma não segmentada. Ou seja, falamos com muitas pessoas que não são o público-alvo específico da marca.

Marketing de influência e cocriação

Outro ponto que torna o marketing de influência bastante disruptivo quando comparado à publicidade tradicional televisiva é a cocriação. As marcas têm percebido a importância de incluírem os seus consumidores nos processos de criação — além dos próprios influenciadores, claro. 

Se você acompanha um influencer, provavelmente espera que, ao falar de uma marca ou produto, ele não siga um script, mas aborde o assunto a partir da sua própria experiência, ainda que esteja realizando uma ação de marketing.

Benefícios do marketing de influência

O marketing de influência pode trazer uma série de benefícios para as marcas, como:

  • Aumento da confiança dos consumidores;
  • Obtenção de leads qualificados;
  • Campanhas com maior retorno no investimento (ROI);
  • Retenção de clientes;
  • Atração do público desejado;
  • Uso de diferentes canais de comunicação e formatos;
  • Parcerias duradouras com influenciadores dentro de seu nicho de mercado;
  • Melhora na percepção geral da marca.

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Como ganhar dinheiro sendo influencer?

Os influenciadores digitais conseguem monetizar diferentes ações em seus canais de atuação, como as redes sociais. Depois de conquistarem autoridade e relevância, há formas diversas de ganharem dinheiro exercendo influência no meio virtual.

Há influenciadores que, inclusive, transcendem as barreiras de canais como Instagram e até estrelam em filmes. Criam as suas próprias coleções de moda e cosméticos, são convidados para participar de cultuadas cerimônias de premiação etc.

O site Insider realizou uma pesquisa com dezenas de influenciadores digitais e especialistas do setor sobre como fazer dinheiro no Instagram, mais especificamente.

Confira as principais formas:

  • Posts patrocinados: contratos patrocinados com marcas de produtos ou serviços são a maneira mais tradicional de ter lucro na plataforma. Os chamados “publi posts” têm ficado cada vez mais elaborados, apresentando conteúdos que respondem às dúvidas e anseios dos consumidores;
  • Venda de produtos: também é possível vender produtos próprios pelo marketplace do Instagram, assim como realizar a divulgação de links afiliados de empresas;
  • Remuneração na plataforma: diferente de plataformas como o YouTube, o Instagram ainda está engatinhando quando o tema é a remuneração dos criadores de conteúdo. Mas a expectativa é de que a rede social expanda as maneiras de fazer dinheiro diretamente na plataforma já em 2022.
Influencer: Foto de influenciadora

Quanto ganha um influencer?

Apesar de os influenciadores digitais não fazerem parte de uma profissão regulamentada, por trás deles existe um mercado de agências que trabalham em seu desenvolvimento e associam a sua imagem a marcas de produtos e serviços.

O valor das campanhas que realizam nas redes sociais, principalmente no Instagram e no TikTok, varia segundo:

  • O número de seguidores;
  • O nível de engajamento do público;
  • E até mesmo a região geográfica onde estão localizados.

De acordo com agências e profissionais ouvidos pela Folha de S.Paulo, o valor por campanha pode variar entre R$1 mil e R$6 mil. Contudo, a média por campanha de um influencer já reconhecido é de R$18 mil. A agência fica com cerca de 20% deste valor.

Relação de confiança com seguidores

O “2022 State of U.S. Consumer Trends Report”, estudo de tendências lançado recentemente pela HubSpot, trouxe dados que reforçaram ainda mais o papel que os influencers têm desempenhado nas decisões tomadas pelos usuários das redes sociais.

De acordo com o levantamento, as pessoas confiam mais em recomendações de influenciadores do que nas que são feitas por seus familiares e amigos

Mais de mil consumidores foram ouvidos para o estudo. Deste total, 30% afirmaram que as recomendações realizadas por influencers são um dos fatores mais importantes para as suas decisões de compra. Enquanto isso, 27% disseram atribuir mais relevância às indicações das pessoas que compõem o seu círculo social.

Ao se considerar apenas as respostas de usuários de internet que fazem parte da geração Z — que receberam a alcunha de “nativos digitais” —, observa-se que 55% desses jovens preferem as recomendações de influenciadores, em relação às de pessoas conhecidas.

O percentual é um pouco menor entre os millenials (44%) e diminui de forma mais considerável entre a geração X (24%).

Aqueles que priorizam as opiniões e dicas de influenciadores digitais não acreditam que estejam aceitando recomendações de um estranho. Muito pelo contrário, acham que um bom influencer passa a imagem de alguém confiável, que se tornou um expert em determinada área ou tema.

Se pararmos para refletir sobre isso, veremos que a premissa realmente faz sentido.

Pense bem: você preferiria aceitar recomendações relacionadas a maquiagem, por exemplo, de um amigo que não está tão por dentro da indústria da beleza? Ou  seria melhor escutar um influenciador que ganhou diversos seguidores ao fazer inúmeros tutoriais e reviews sobre o assunto nas redes sociais?

Provavelmente a segunda opção será a escolhida!

O estudo da HubsPot mostrou também que os consumidores não são influenciados apenas por quem transmite a mensagem, mas também pela forma como ela é passada. 

78% das pessoas entrevistadas disseram atribuir maior importância a um vídeo de marketing em que o influencer é autêntico e consegue se conectar à realidade do consumidor, do que a uma produção audiovisual de alta qualidade.

6 influenciadores brasileiros de destaque

Você já viu que o Brasil se destaca significativamente em tudo o que diz respeito aos influencers. 

Conheça algumas das personalidades que dominaram as redes sociais e influenciam um altíssimo contingente de seguidores!

Juliette

Influencer: Foto de Juliette

Com 33,5 milhões de seguidores no Instagram, a campeã do Big Brother Brasil se tornou símbolo do empoderamento feminino.  

Segundo a plataforma de dados Snaq, uma “publi” (que é como costumam ser chamadas as ações publicitárias realizadas pelos influencers), no Instagram de Juliette Freire não sai por menos do que R$400 mil. 

Ou seja, com apenas quatro posts, a ex-BBB supera o pagamento do prêmio que ganhou no reality show global.

Se pensarmos em anos anteriores ao boom das redes sociais, o auge do sucesso para os participantes que deixavam o programa era angariar uma posição na Globo. Foi o que aconteceu com a atriz Grazi Massafera, por exemplo. 

Contudo, agora os ex-confinados encontram muito mais vantagem em termos monetários ao se tornarem influenciadores digitais e se unirem a grandes marcas.

Felipe Neto

Influencer: Felipe Netto

44,3 milhões é o número de inscritos que Felipe Neto tem em seu canal no YouTube, que conta ainda com mais de 15 milhões de visualizações acumuladas.

O youtuber, empresário, ator, comediante e escritor foca em entretenimento geral em seus vídeos. Em 2019, tornou-se o segundo youtuber mais assistido do mundo. Em 2020, foi incluído na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, organizada pela revista norte-americana Time.

Autoditada e bastante interessado por livros, Felipe Neto foi o primeiro youtuber brasileiro a alcançar a marca de um milhão de inscritos em seu canal.

Nathalia Arcuri

Influencer: Nathalia Arcury

Com mais de sete milhões de inscritos em seu canal no YouTube, Nathalia Arcuri fala sobre dinheiro.

A especialista em finanças, apresentadora e jornalista foca no entretenimento financeiro: dá dicas de investimentos, traduz os termos difíceis que envolvem o universo das finanças, discute economia comportamental… Tudo isso com muito humor!

O seu canal no YouTube, o Me Poupe!, é atualmente o maior canal sobre finanças do mundo

Inclusive, deixou de ser apenas um canal de vídeos para se tornar uma plataforma de entretenimento financeiro. Conta com curso de finanças, livros assinados por Nathalia Arcuri, podcast, blog e, claro, presença intensa nas redes sociais.

Segundo a página da marca no LinkedIn, a Me Poupe! ultrapassou os 80 milhões de faturamento em 2021 e foi considerada uma das cem marcas mais lembradas durante a pandemia.

Rafael Vicente

Influencer: Rafael Vicente

Conhecido como “influencer da Maré”, Rafael Vicente é um jovem negro morador de um conjunto de favelas da Zona Norte do Rio de Janeiro, o Complexo da Maré.

Ele começou a atrair seguidores no TikTok e bombou ao mostrar paródias e situações corriqueiras envolvendo a sua família, com os parentes aparecendo como atores.

O elenco é formado pela avó, Maria Antônia, a madrinha, Luciene, a irmã, Eduarda, e o afilhado de Rafael, William.

Hoje, ele possui 2,7 milhões de seguidores no TikTok e mais de 430 mil no Instagram. E, claro, faz publicidade para grandes marcas nas redes sociais.

Camila Coelho

Influencer: Camila Coelho

Com impressionantes 9,8 milhões de seguidores no Instagram, Camila Coelho é ex-maquiadora de lojas de cosméticos nos Estados Unidos e se tornou uma “blogueira” com carreira internacional.

Em 2010 começou o seu canal no YouTube, que possui atualmente 1,28 milhão de inscritos. Meses depois, criou o blog Super Vaidosa e deixou o trabalho para se dedicar a ele.

Logo, lojas virtuais passaram a enviar os seus produtos para Camila, que os testava e publicava fotos ou vídeos com as suas reviews.

Com o sucesso do blog e do canal, Camila passou a estampar capas de revistas e já foi a imagem de diversas marcas, como Natura, Lancôme e Riachuelo.

Sabrina Sato

Influencer: Sabrina Sato

Além de apresentadora, a ex-BBB Sabrina Sato se tornou uma empresária de sucesso e multimilionária ao longo dos anos.

Segundo o UOL, os posts de publicidade nas redes sociais de Sabrina não saem por menos de R$500 mil

Ela ficou conhecida nacionalmente em 2003, quando foi selecionada para participar do Big Brother Brasil. Virou, então, comentarista do programa “Pânico” e depois passou anos como apresentadora na Record. 

Neste ano, deixou a emissora e passou a ser a nova “cara” da TV Globo na linha de shows. Ganhou um novo programa no GNT e será uma das participantes do programa Saia Justa.

Ainda de acordo com o UOL, com a ida de Sabrina para a Globo, o valor das campanhas nacionais que a influencer fazia, que girava em torno de R$1,5 milhão, passa para a casa dos R$3 milhões.

Qual é o lado negativo de ser um digital influencer?

A busca constante por likes e visibilidade, assim como a preocupação por gerar engajamento, pode gerar ansiedade e depressão, transtornos associados à pressão sofrida por influencers para compartilhar a vida com seus seguidores.

Os influenciadores se tornam conhecidos pela persona que usam na internet. Diante disso, eles correm o risco de perder a percepção entre este personagem digital que estabeleceram e a pessoa real que são.

Sendo assim, fica difícil em alguns casos entender onde acaba a vida profissional e tem início a pessoal. Isso pode fazer com que os influenciadores digitais fiquem viciados em trabalho.

Os influencers lidam ainda com a pressão de se manterem em relevância. Estão constantemente acompanhando o que as pessoas estão falando sobre os seus conteúdos e como está a aceitação do que estão criando. 

Eles precisam encarar a cobrança para que sejam criativos e ofereçam sempre algo que desperte o interesse dos seguidores.

Plataformas como YouTube e Instagram “punem” os usuários que não fazem publicações de conteúdos com bastante periodicidade, diminuindo o alcance de seus posts. 

Deste modo, surge também a pressão de os influenciadores manterem os seus perfis sempre “abastecidos”, o que torna difícil dar um tempo do trabalho.

Outro ponto de atenção é que grande parte dos influenciadores trabalha sozinha, em casa. Isso pode tornar a profissão solitária para alguns, ainda que eles tenham milhões de seguidores.

Diante disso, é importante que os influencers ou os aspirantes à profissão procurem apoio psicológico para que consigam manter a saúde mental em dia e lidar com os conflitos em torno deste ofício. 

7 tipos de influenciadores

Os influencers podem atingir diferentes públicos e tratar dos mais diversos temas. Contudo, existem alguns tipos de influenciadores digitais mais comuns.

A cofundadora da youPIX, Bia Granja, categorizou sete perfis dessas personalidades:

  1. Top celebridade;
  2. Fit celebridade;
  3. Autoridade;
  4. Ecossistema;
  5. Trendsetter;
  6. Jornalista;
  7. Influenciador interno.

Para tanto, levou em consideração:

  • Seu alcance (tamanho da audiência);
  • Ressonância (repercussão e capacidade de engajamento junto à audiência);
  • E relevância (fit com o assunto de que trata).

Conheça:

1. Top celebridade

Influencers com alto poder de alcance e ressonância, mas baixa relevância. Costumam tratar de muitos temas, só que de uma forma mais genérica. 

Assim, conseguem agradar pessoas com gostos distintos entre si.

2. Fit celebridade

Este tipo de influencer possui alcance, ressonância e relevância muito altos. São a aspiração de toda empresa para a divulgação de sua marca.

Este é o influencer que possui bastante relevância dentro de um nicho específico e alcança muitas pessoas dentro deste grupo.

Por conta disso, são influenciadores que cobram valores altos na hora de negociar com as marcas.

3. Autoridade

Aqui estamos falando de um influencer que é referência no assunto de que trata. Ou seja, é reconhecido por dominar um tema.

Como especialistas, eles ensinam muito aos seus seguidores e têm grande capacidade de persuasão para estimular a compra de determinados produtos ou serviços.

A sua audiência pode ser baixa, mas eles geram bastante engajamento.

4. Ecossistema

No contexto dos influenciadores digitais, um ecossistema é uma rede de influencers, de um mesmo nicho, que produzem e divulgam conteúdos de forma regular para uma marca.

Tratam-se de pequenos influenciadores com baixo alcance e ressonância média, mas relevância alta.

Eles geram conteúdos segmentados, que podem passar por temas como decoração, beleza, empreendedorismo, games, esportes, entre outros.

5. Trendsetter

Os trendsetters são influenciadores que defendem uma causa ou ideia com afinco. Ou seja, costuma liderar discussões, sendo autoridade em um determinado tema.

São normalmente buscados por marcas que querem trabalhar o seu posicionamento de mercado, já que eles têm alto poder de engajamento.

6. Jornalista

Jornalistas são produtores de conteúdo que norteiam o seu trabalho pela imparcialidade.

A sua função principal é repassar notícias e aprofundar o debate de temas de interesse público.

Eles costumam ter um alto alcance, já que cobrem uma grande variedade de pautas e trabalham com grandes meios de comunicação.

No entanto, a ressonância e a relevância dependem do engajamento do profissional com determinado tema.

7. Influenciador interno

O público interno são os próprios colaboradores de uma empresa. Eles podem ajudar a humanizar a marca e divulgar a sua cultura e valores.

O alcance e a ressonância deste tipo de influenciador costumam ser bem baixos, mas eles possuem alta relevância.

A prática é valiosa por atribuir rostos e vozes para a marca, que geralmente escolhe colaboradores de altos postos na hierarquia para esta estratégia.

8 dicas para se tornar um influencer

Não poderíamos passar pelo tema deste artigo sem deixar algumas dicas para aqueles que desejam se tornar influenciadores digitais.

Como deu para perceber ao longo deste artigo, o avanço das tecnologias e a popularização das redes sociais estão transformando o mercado e criaram mais esta possibilidade de profissão.

Ter espírito empreendedor, criatividade para produzir conteúdos relevantes e cativantes, além de uma boa capacidade de influência, são características-chave para aqueles que desejam se firmar neste universo. 

Ele traz uma série de vantagens, como:

  • Possibilidade de trabalho remoto, para quem prefere este modelo;
  • Liberdade de produção, uma vez que as marcas costumam conferir aos influenciadores certa liberdade para atribuir o seu próprio tom de voz às campanhas;
  • Flexibilidade para organizar o seu tempo de trabalho;
  • Acesso a viagens, produtos gratuitos, entradas em eventos etc.

Se este for o seu objetivo, confira as dicas a seguir!

  1. Defina a sua persona e nicho de atuação
  2. Desenvolva um plano de conteúdo
  3. Conquiste seguidores de forma orgânica
  4. Domine os canais que escolher utilizar
  5. Estabeleça diálogo com o seu público-alvo
  6. Collabs são importantes
  7. Seja autêntico(a)
  8. Estabeleça parcerias com pequenas empresas

Se quiser informações mais aprofundadas para construir sua carreira na área, confira como ser um influenciador digital!

1. Defina a sua persona e nicho de atuação

A persona consiste em uma representação semi-fictícia do seu cliente ideal. Neste caso, das pessoas que você espera que sigam as suas redes sociais ou acompanhem os seus conteúdos de outra forma.

A partir de sua definição, é possível estabelecer diretrizes de linguagem, melhores canais para postagens e outros aspectos norteadores de seu trabalho.

Esta é uma forma de entender quem é o público que você pretende alcançar.

Quanto ao nicho, há uma série de temas que podem ser abordados online e que geram interesse. Lifestyle, decoração, literatura, tecnologia, games, gastronomia, atividade física e humor são apenas alguns exemplos.

Considere um tema que interesse a você especialmente para começar a se posicionar e desenvolver os seus conteúdos em torno dele. 

2. Desenvolva um plano de conteúdo

Quando vemos um influencer compartilhando a sua rotina ou dando alguma dica, temos a sensação de que aquele conteúdo é um improviso, algo criado de forma natural e sem planejamento.

Não se engane! Para que seja bem-sucedido e consiga estabelecer limites entre a sua vida pessoal e profissional, um influenciador deve ter um planejamento de conteúdo ou calendário editorial.

Esta ferramenta é fundamental para garantir que a estratégia de conteúdo seja exitosa.

É preciso determinar datas, horários, formatos e outros elementos afins, garantindo um fluxo de publicações consistentes e relevantes para o público-alvo.

A força de um influencer no meio digital está bastante atrelada a quanto os seus conteúdos se tornam significativos e acrescentam algo relevante para as pessoas.

A pesquisa aqui é muito importante! Busque os assuntos que mais interessam ao seu público — é possível fazer enquetes nas próprias redes sociais a fim de conseguir alguns insights. Além disso, teste os melhores dias e horários para as publicações.

3. Conquiste seguidores de forma orgânica

A compra de seguidores ou a troca de likes é um equívoco comum que pode ser cometido por quem está começando a explorar o universo dos influenciadores digitais.

A prática não gera bons resultados, apesar de não ser antiética.

Lembre-se de que o que torna alguém um influencer é a sua capacidade de conversar com nichos específicos e gerar engajamento.

Alguns indicadores, como o número de seguidores e curtidas, podem acabar virando “métricas de vaidade”, não demonstrando a real capacidade de engajar pessoas de um influenciador.

Certamente será mais vantajoso para uma marca se associar a um influencer que realmente se comunica com o seu público e impacta a sua tomada de decisão. Um influencer que tem muitos seguidores e curtidas, mas engajamento baixíssimo nas publicações que faz não é tão interessante para o negócio.

4. Domine os canais que escolher utilizar

Para ser um influencer, é necessário selecionar muito bem os canais que serão utilizados em sua estratégia de divulgação. 

Entenda quais canais ou redes sociais são mais utilizados por seu público-alvo. É neles em que você precisa estar.

Desta forma, você pode começar a construir o seu poder de influência sobre aqueles que, de fato, se identificam com a sua figura e com os conteúdos que produz.

Mais do que isso, contudo, é importante conhecer com profundidade todas as ferramentas oferecidas por cada canal e a melhor forma de utilizá-las. 

5. Estabeleça diálogo com o seu público-alvo

As pessoas querem atenção desejam ser notadas. Mostre que se importa com os seus seguidores!

Dialogue com o seu público e deixe que eles entendam que existe uma pessoa de verdade por trás da persona que você criou na internet.

Estabeleça diálogo, interaja, posicione-se!

6. Collabs são importantes

Não encare outros influenciadores digitais simplesmente como concorrentes. Eles podem ser potenciais parceiros.

Ações online podem ser realizadas de forma colaborativa, acarretando em ganhos para ambos os lados.

7. Seja autêntico(a)

Esta dica pode parecer lugar-comum, mas não é! Na verdade, os usuários de internet se atraem por pessoas reais, vulneráveis como eles, e que compartilham opiniões e experiências sinceras.

Comunique-se com o seu público de forma espontânea, sem tentar criar uma personagem que em nada tenha a ver com quem você é de verdade.

8. Estabeleça parcerias com pequenas empresas

Muitas empresas já reconhecem o valor do marketing de influência e estão dispostas a estabelecer parcerias comerciais com microinfluenciadores.

Procure entender quais negócios perto de você oferecem soluções que podem ser interessantes para a sua audiência.

Ao se associar a marcas locais, você começa a angariar experiência para negociar com “peixes grandes” no futuro.

Tais parcerias lhe ajudam a construir credibilidade online!E, então, gostou do nosso guia super completo sobre o universo do influencer? Que tal conferir também nosso artigo sobre o profissional do futuro?

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