A capacidade de tomar decisões de forma segura e assertiva é uma das habilidades socioemocionais mais valorizadas hoje em dia, dentro e fora do mercado de trabalho. E isso acontece porque são muitos os fatores envolvidos nesse processo, que podem interferir no momento de escolha por um caminho ou por outro.
Ainda assim, nem todo mundo consegue tomar decisões com facilidade. Por isso, neste conteúdo, você conhece 6 dias para desenvolver essa habilidade — e ainda ganha uma recomendação de leitura indispensável. Confira!
Por que é difícil tomar decisões?
A cada decisão que tomamos, o nosso cérebro responde de uma maneira, ativando áreas específicas diante daquela situação. Isso significa que, em casos que demandam soluções rápidas, ou quando precisamos fazer escolhas que envolvem entes queridos, a nossa inteligência emocional pode ser afetada.
O efeito desses fatores cognitivos nos ajuda a compreender mais profundamente por que escolhemos uma coisa ou outra, e por que, em alguns casos, tomar decisões é tão difícil. Abaixo, falamos melhor sobre alguns deles. Confira!
Vieses cognitivos
O viés cognitivo é, em termos gerais, o nosso modo automático de pensar. Quando não damos a devida atenção a uma situação e tomamos decisões sem refletir, portanto, é a ele que estamos recorrendo — o que nem sempre é o mais indicado a se fazer.
A opção pelo que é mais “cômodo”, mais fácil e mais familiar é natural, mas ela pode não ser a mais indicada. Por isso, sempre vale a pena se perguntar o quanto daquela sua decisão é automática e o quanto dela é o que você realmente quer, deve ou precisa fazer.
Estresse
O estresse, assim como a ansiedade, afeta muitas áreas da nossa vida, e não seria diferente com a nossa capacidade de tomar decisões.
Em situações em que temos um grande número de escolhas, por exemplo, o aumento da sensação de estresse faz com que a gente desista de escolher, ou escolha “de qualquer jeito” para diminuir o sofrimento causado naquele momento. Esse curto-circuito da nossa habilidade de escolher bem é conhecido como sobrecarga de escolha.
Por outro lado, um momento muito estressante e que exige resposta rápida também pode fazer com que a gente tome a decisão errada. Sem tempo para avaliar com clareza as nossas opções, não é incomum que a gente aja “por instinto”, confiando no achismo e, de novo, nos nossos vieses cognitivos.
Fadiga de decisão
Você sabia que tomar muitas decisões em um curto período de tempo também pode afetar a sua capacidade de conseguir escolher? Pois é. Esse fenômeno é conhecido como fadiga de decisão, e pode afetar a nossa habilidade de dizer “não” para coisas que deveriam ser evitadas.
Imagine, por exemplo, que você passa o dia no trabalho resolvendo problemas. Quando chega em casa, a última coisa em que você quer pensar é em escolher o que fazer para o jantar, certo? O resultado disso é optar pelo delivery, ainda que essa opção não seja a mais saudável.
6 dicas para tomar decisões melhores!
Agora que você já sabe que alguns fatores cognitivos podem afetar a sua tomada de decisões, separamos 6 dicas para te ajudar nesse processo:
- Defina o que a decisão engloba;
- Considere os seus valores pessoais;
- Converse com outras pessoas;
- Tire um tempo pra pensar;
- Faça uma lista de “prós” e “contras”;
- Leve em consideração as suas expectativas.
Saiba mais:
1. Defina o que a decisão engloba
Uma decisão nunca está restrita apenas a si mesma. Em geral, fazer uma escolha envolve pensar, também, nos impactos que ela terá em outras áreas da nossa vida. Por isso, antes de optar por A ou B, pense: o que será afetado em cada um desses cenários? Qual deles parece melhor?
2. Considere os seus valores pessoais
Tomar uma decisão também implica avaliar como ela se relaciona com os valores e crenças que carregamos dentro de nós. Na hora de fazer uma escolha, não deixe-os de lado. Afinal, toda decisão tem uma consequência, e é você quem conviverá com ela.
3. Converse com outras pessoas
Ouvir a opinião de pessoas em quem você confia também é uma ótima opção para tomar decisões mais assertivas. Ainda que elas não tenham passado pelo mesmo problema, elas podem oferecer uma perspectiva nova para um problema. Assim, você consegue encará-lo de forma mais detalhada.
4. Tire um tempo para pensar
Tomar decisões com pressa nunca é uma boa opção. Se você luta contra a indecisão ou tem dificuldades para ser assertivo, tire um tempo para pensar e avaliar os cenários. Com calma, as suas chances de fazer a escolha certa aumentam.
5. Faça uma lista de “prós” e “contras”
Pode parecer datado, mas uma lista de prós e contras é uma ferramenta fundamental na hora de tomar decisões. Afinal, ela ajuda a delimitar melhor os impactos de cada opção e também te dá mais noção do que realmente está em jogo.
6. Leve em consideração as suas expectativas
Antes de tomar uma decisão, por fim, pergunte-se: o que eu espero que aconteça? Quais as chances de isso acontecer de fato? Ao considerar as suas expectativas, você consegue determinar se está tomando uma decisão baseada em fatos concretos ou apenas nas suas vontades pessoais.
Qual é a melhor maneira de tomar decisões?
Para quem quer começar a tomar decisões com mais tranquilidade e segurança, a melhor opção é entender o que está envolvido nesse processo. Isso significa conseguir avaliar quais fatores estão em jogo no momento da escolha, e como eles podem afetar (ou não) o nosso julgamento.
Por isso, a obra Os elementos da escolha: por que a maneira como tomamos decisão importa?, de Eric J. Johnson, um renomado pesquisador na área de tomada de decisões, é indispensável para quem quer tomar decisões melhores.
Neste livro, do selo editorial Benvirá, o autor argumenta que a maneira como as escolhas são apresentadas influencia significativamente nossas tomadas de decisão e apresenta ferramentas para ajudar a criar decisões mais conscientes e intencionais.
Além disso, a partir da leitura você entenderá melhor o design de decisões e aprenderá a levar em consideração todos os elementos envolvidos no processo de escolha. Assim, consegue treinar o seu cérebro para tomar decisões mais assertivas e com mais confiança.
Mas lembre-se: a tomada de decisão é apenas uma parte da nossa vida. Para ter mais segurança em áreas diversas, você pode conferir a nossa lista com 10 livros de desenvolvimento pessoal!