Descubra as consequências e como combater o bullying na escola

Neste conteúdo você vai saber o que é bullying na escola, modos de combatê-lo e o que diz a lei brasileira. Vamos lá?
Bullying na escola: criança sentada de cabeça baixa em escola

O combate ao bullying na escola é um tema importante que envolve educadores, pais e estudantes. De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 40% dos alunos adolescentes já sofreram com o bullying. 

Um levantamento do Fórum de Segurança Pública mostrou que cerca de 38% das escolas enfrentam problemas com bullying. Trata-se, portanto, de uma relevante questão social.

O bullying é uma forma de violência física ou psicológica, que acontece de modo contínuo. Sendo assim, ele traz consequências para as vítimas, que sofrem impactos em termos de saúde mental, aprendizado e desempenho escolar.

O Brasil tem uma legislação específica sobre este tema, que foi criada em 2015. O combate ao bullying passa pelo reconhecimento e identificação das intimidações, criação de canais de denúncia e campanhas de conscientização.

Neste artigo, você vai ficar por dentro deste assunto. Traremos uma definição de bullying, modos de combatê-lo e o que diz a lei brasileira. Também indicaremos livros infantojuvenis para conversar sobre temas difíceis com as crianças. Vamos lá?

Leia também: Os principais direitos das crianças e como celebrar o Dia Mundial da Infância!

O que é o bullying na escola?

O bullying pode ser definido como ações de violência física, verbal ou psicológica, que são intencionais e contínuas. Isto é, trata-se de um comportamento repetitivo, que acontece várias vezes ao longo do tempo.

Em geral, o bullying está associado ao contexto escolar, envolvendo, portanto, crianças e adolescentes. Como exemplo de tais atos, temos: xingar uma pessoa; discriminá-la pelo seu modo de ser; ou agredi-la fisicamente.

Trata-se de um problema sério, que traz uma série de consequências para as vítimas. O bullying impacta o bem-estar das crianças e adolescentes, podendo levar ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade e depressão. Também afeta o desempenho escolar.  

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O que diz a legislação brasileira sobre o bullying?

No Brasil, existe uma legislação específica sobre o tema. É a Lei nº 13.185, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). Nela, o bullying é definido da seguinte forma:

Todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas” (BRASIL, 2015) (destaques nossos). 

Assim, o texto traz como exemplos de intimidação sistemática: ataques físicos; insultos pessoais; apelidos pejorativos; expressões preconceituosas; intolerância religiosa; isolamento social consciente e premeditado; entre outros.

A Lei também aborda formas de prevenção e combate a este problema social. Entre elas, estão:

  • Capacitação de docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;
  • Disseminação de campanhas de educação, conscientização e informação;
  • Assistência social, psicológica e jurídica às vítimas e aos agressores; entre outros.

Confira 5 dicas para combater o bullying nas escolas

Como os educadores podem combater o bullying dentro das escolas? Qual é o papel dos pais neste contexto? Estas são dúvidas comuns, sempre que abordamos este problema.

Na lista abaixo, separamos 5 maneiras para combater efetivamente o bullying nas escolas:

  1. Identifique e reconheça o bullying;
  2. Crie canais seguros para a denúncia;
  3. Faça campanhas de conscientização;
  4. Promova debates com os alunos;
  5. Aproxime os pais.

Saiba mais:

1. Identifique e reconheça o bullying

O primeiro passo é identificar e reconhecer o problema. Os educadores não podem invalidar o sofrimento das vítimas, diminuindo-o e tentando abafar a intimidação.

Para combater uma questão, é necessário antes aceitar que ela está acontecendo. Por isso, os professores devem sempre se atentar ao comportamento dos alunos, observando a existência de atos de violência e discriminação entre eles.

Confira: Como identificar crianças felizes, a importância da rotina e os principais hábitos

2. Crie canais seguros para a denúncia

A escola deve ser um espaço seguro para os alunos. Isso é essencial para que eles possam se desenvolver, se expressar e aprender. Os atos de bullying impactam diretamente nesta confiança.

Dessa forma, a coordenação das instituições deve reforçar que aquele é um lugar seguro, criando canais para que as crianças e os adolescentes possam informar atos de bullying.

No momento da denúncia, é essencial que a vítima seja acolhida e ouvida. Os educadores devem estar preparados para fornecer apoio, além de trabalhar a aprendizagem socioemocional com os alunos. 

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3. Faça campanhas de conscientização

É muito importante que existam campanhas de conscientização dentro da escola. Elas devem promover um ambiente de respeito e empatia entre os alunos.

Assim, os educadores devem cultivar atitudes de tolerância e respeito à diversidade humana. Os estudantes devem se engajar neste processo, por outro lado, a escola deve estar aberta para ouvi-los e debater suas questões.

4. Promova debates com os alunos

O diálogo é essencial no combate ao bullying. A escola pode criar colaborativamente com os alunos regras de disciplina, e quais as consequências para quem infringi-las.

Desse modo, o estudante é uma pessoa ativa no processo, o que contribui para o seu engajamento no combate ao bullying. É claro que todas as regras criadas devem estar em consonância com os valores da instituição.

5. Aproxime os pais

Por fim, os pais devem estar conscientes do que está acontecendo dentro da escola. Eles têm um papel essencial também nesta questão, podendo conversar sobre a importância do respeito e da tolerância com os seus filhos.

Uma excelente forma dos pais fazerem isso com as crianças é, por exemplo, através da contação de histórias. No próximo tópico, detalharemos este assunto.

3 leituras para abordar temas difíceis com as crianças 

Os livros de literatura infantojuvenil são uma excelente maneira de abordar temas difíceis com as crianças. Por meio da história de uma outra pessoa, a criança pode se identificar, aprendendo a falar sobre assuntos que a angustiam. 

As obras dão subsídios para que ela se expresse e tenha inteligência emocional para lidar com as adversidades. Além disso, a experiência de contação de histórias cria um ambiente seguro, no qual a criança é acolhida e pode falar sobre suas dores, sem julgamentos. 

Na lista abaixo, separamos 3 obras que ajudam os pais a abordar temas como ansiedade, respeito às diferenças e diversidade com seus filhos. Confira-as:

  1. Um aperto no peito, de Áine Murray e Bronagh Lee;
  2. Tudo bem ter espinhos, de Nastya Ryabtseva e Nataša Jovanić;
  3. Malu e suas mães, de Nanda Mateus, Raphaela Comisso e Veridiana Scarpelli.

Entenda em detalhes:

1. Um aperto no peito, de Áine Murray e Bronagh Lee

“Um aperto no peito”, escrito por Áine Murray e ilustrado por Bronagh Lee, é ideal para conversar sobre a ansiedade com as crianças.

Publicado pelo selo Mundo Benvirá, o livro narra a história de uma garotinha que, em diversas situações, se depara com um estranho aperto no peito. Essa sensação atrapalha sua vida e a impede de fazer o que ela gostaria. 

Ao conversar com sua mãe, ela descobre que esse aperto no peito se chama ansiedade. Com o tempo, ela entende que, quando falamos sobre o que sentimos, podemos encontrar ajuda, e a ansiedade perde seu poder sufocante.

2. Tudo bem ter espinhos, de Nastya Ryabtseva e Nataša Jovanić

Este livro cria a oportunidade de conversar com as crianças sobre a importância de ser quem somos, e também de saber respeitar as diferenças. A obra conta a história de Teodoro, um ouriço tão solitário que é capaz de fazer qualquer coisa para os outros gostarem dele.

No entanto, quando ele conhece Sofia, a tartaruga, Teodoro descobre que um verdadeiro amigo irá apreciá-lo por quem você é de verdade. Também entende que somente quando você celebra seu verdadeiro eu é capaz de perceber todo seu potencial.

3. Malu e suas mães, de Nanda Mateus, Raphaela Comisso e Veridiana Scarpelli

Esta narrativa convida as crianças a refletirem sobre a diversidade familiar, mostrando como, em cada lar, o amor se manifesta de maneira especial.

Isso é feito a partir da história de Malu, uma garotinha que tem duas mães. Com ilustrações encantadoras, os leitores acompanham a rotina dessa família, repleta de carinho e diversidade.

Esperamos que você tenha gostado deste artigo sobre o bullying na escola. Continue no nosso blog e confira 3 livros infantis sobre diversidade para ler com as crianças!

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