Nos últimos anos, fez-se necessário adaptar-se ao cenário pandêmico e, por consequência, à realidade imposta pelo isolamento social. Neste contexto, todos fomos forçados a reduzir, drasticamente, o contato interpessoal com que estávamos acostumados.
E, embora todos tenhamos sofrido com o afastamento das relações interpessoais, é inegável que aqueles em idade escolar, especialmente crianças, perderam diversas oportunidades para desenvolvimento de aprendizagem socioemocional.
Neste artigo, iremos apresentar o tema abordado na nova obra publicada pelo selo Saraiva Uni: Aprendizagem Socioemocional com metodologias ativas, um guia para educadores. Com o objetivo de auxiliar você a aplicar a metodologia em sala de aula e na vida. Confira!
O que é aprendizagem socioemocional?
“A educação socioemocional é o processo formativo que considera o desenvolvimento dos aspectos sociais e emocionais dos alunos. Alinhada à concepção de educação integral, o tema passou a fazer parte do currículo obrigatório nacional por meio da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Trata-se de uma perspectiva que promove de maneira intencional o trabalho com a inteligência emocional e as chamadas competências socioemocionais. Essa abordagem deve acontecer dentro do contexto das instituições de ensino, sendo necessário, para isso, uma adequação do currículo escolar.
Dessa maneira, ao longo de todas as etapas da Educação Básica, a formação de atitudes e valores deve caminhar de maneira sinérgica ao desenvolvimento das aptidões cognitivas. E existem distintas maneiras para que isso aconteça na prática.”
Carolina Costa Cavalcanti, por sua vez, ensina que: “a aprendizagem socioemocional abarca aspectos vinculados à afetividade, emoções e sentimentos de uma pessoa e abrange o desenvolvimento de competências vinculadas às dimensões socioemocionais e pró-sociais. Além disso, a doutora esclarece que pode ocorrer em qualquer idade.
Dessa forma, não é só na infância que podemos desenvolver a “capacidade de nos conhecer melhor, de construir e manter relacionamentos saudáveis, e que podemos agir em prol de outras pessoas pela prática da empatia, compaixão, etc.” A autora ainda assevera que:
“O objetivo com a aprendizagem socioemocional é desenvolver nas pessoas a capacidade de manejar suas emoções, construir e manter relações saudáveis nos âmbitos pessoais e profissionais, lidar com situações complexas e conflituosas de forma equilibrada e preocupar-se com as necessidades dos outros de forma empática e altruísta.
É por meio dela que as pessoas desenvolvem competências socioemocionais e comportamentos pró-sociais que envolvam a consciência social e cidadã. Estudos mais recentes demonstram que pessoas com competências socioemocionais e condutas pró sociais mais desenvolvidas encaram a vida de forma mais positiva em relação a si mesmas.
Em outras palavras, apresentam maior persistência, autoestima, comprometimento com outras pessoas e melhor desempenho escolar. A longo prazo, apresentam maior nível educacional, maior sucesso profissional, relações familiares e de trabalho mais positivas, melhores índices de saúde mental, reduzida psicopatologia e menores níveis de problemas de conduta.
Por isso, a importância de, na condição de educadores, abrirmos espaço nos currículos de escolas, programas de educação superior e corporativa para que a aprendizagem socioemocional de estudantes e profissionais ocorra pelo uso de metodologias ativas.” (Nossos destaques)
Ainda segundo Cavalcanti, as competências socioemocionais abarcam conhecimentos (o que sei), práticas e habilidades (o que sei fazer) e atitudes (o que quero fazer). Abrangem aspectos:
- Afetivo-emocionais como autoconhecimento, autoconceito e autocontrole;
- Comportamentais, como condutas pró-sociais e escolhas responsáveis;
- Cognitivos, como a empatia e a criatividade.
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Como criar experiências de aprendizagem socioemocional?
Como ensina Cavalcanti, o tema de aprendizagem socioemocional em escolas ganhou maior evidência no Brasil ao ser contemplado pela Base Nacional Comum Curricular, publicada em 2018.
O documento apresenta as aprendizagens fundamentais que devem ser asseguradas a todos os alunos da educação básica no país e, como é de se esperar, ultrapassa conteúdos tradicionais de aprendizagem cognitiva, mas também socioemocionais.
Segundo a BNCC, e como confirma a autora, na infância e na adolescência, a aprendizagem socioemocional se dá através do uso de metodologias ativas e ações pedagógicas, o que propicia o desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais.
Cavalcanti define as metodologias ativas como sendo técnicas, estratégias, métodos que dão o protagonismo para o aprendiz e que propõem uma forma diferente e mais significativa de aprender.
De acordo com a professora, quando as metodologias ativas são adotadas em contextos formais de aprendizagem, como a escola, o centro do processo educacional sai do professor e se volta para o aluno.
“Isso acontece porque o aprendiz é convidado a estar ativamente envolvido no processo de construção de novos saberes ao desenvolver projetos, participar de debates, analisar estudos de caso, testar hipóteses, participar de experimentos, criar protótipos, entre outros”, ensina Carolina Costa Cavalcanti.
Nesse contexto, é muito interessante destacar estudos que chegaram à conclusão que, dentre os meios utilizados para adquirir conhecimento, há alguns cujo processo de assimilação ocorre mais facilmente.
Desse modo, temos como referência uma teoria do psiquiatra americano William Glasser para explicar como as pessoas geralmente aprendem e qual é a eficiência dos métodos nesse processo.
De acordo com a teoria de William Glasser, os alunos aprendem cerca de:
- · 10% lendo;
- · 20% escrevendo;
- · 50% observando e escutando;
- · 70% discutindo com outras pessoas;
- · 80% praticando;
- · 95% ensinando.
Os índices de aprendizagem podem ser sumarizados na seguinte pirâmide:
É possível observar, então, que os métodos mais eficientes estão inseridos na metodologia ativa. A professora Cavalcanti lista algumas possibilidades, dentre as quais:
1. Estudo de Caso
2. Aprendizagem entre Pares ou Times
3. Gamificação
1. Estudo de Caso
A prática pedagógica de Estudo de Casos tem origem no método de Aprendizagem Baseada em Problemas. O Estudo de Caso oferece aos estudantes a oportunidade de direcionar sua própria aprendizagem, enquanto exploram seus conhecimentos em situações relativamente complexas.
São relatos de situações do mundo real, apresentadas aos estudantes com a finalidade de ensiná-los, preparando-os para a resolução de problemas reais.
2. Aprendizagem entre Pares ou Times
A Aprendizagem entre Pares e Times ― em inglês, Peer Instruction (PI) ou Team Based Learning (TBL) –, como o próprio nome revela, é a formação de equipes dentro de determinada turma para que o aprendizado seja feito em conjunto e haja compartilhamento de ideias.
Seja em um estudo de caso, seja em um projeto, é possível que os alunos resolvam os desafios e trabalhem juntos ― o que pode ser um grande benéfico na busca pelo conhecimento.
Com a ajuda mútua, é possível aprender e ensinar ao mesmo tempo. Deste modo, cria-se um ambiente propício para a formação do pensamento crítico, por meio da construção de discussões embasadas e da abertura de diálogo entre opiniões divergentes.
3. Gamificação
Utilizada em vários contextos de aprendizagem, a gamificação atrai crianças, jovens e adultos. O objetivo é envolver os alunos para inspirá-los, bem como incentivar a colaboração, a interação e o compartilhamento por meio dos elementos e princípios dos jogos.
Especialmente na chamada Educação 4.0, um trunfo para a gamificação é o apoio dos recursos digitais, mas a estratégia pode ter sucesso com pouca ou nenhuma tecnologia. Confira alguns exemplos a seguir.
- Uso de aplicativos e jogos de computador: diversas aplicações estão à disposição para que os professores explorem os conteúdos das disciplinas. Com versões gratuitas e pagas, é possível utilizá-las em todas as faixas etárias. Dois ótimos exemplos são o Minecraft Education, que reúne códigos de programação a diferentes situações, e o Read Along, do Google, que incentiva as crianças a lerem com o auxílio do comando de voz.
- Plataformas de ensino: as plataformas de ensino podem oferecer inúmeros recursos de jogos, que permitem criar um caminho de aprendizagem divertido, como a criação de missões, quizzes, estudos divididos em etapas e até premiações.
- Recursos artesanais: os professores podem adaptar o contexto dos jogos eletrônicos à sala de aula com os recursos disponíveis. Dividir os alunos em grupos como em um jogo de RPG, criar avatares e personagens, e fazer disputas entre times são algumas maneiras criativas de inserir a gamificação sem aparatos eletrônicos.
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Assim, aplicar metodologias ativas de ensino em escolas contribui não somente para elevar o processo de aprendizagem cognitivo, mas também o socioemocional.
Contudo, não é tarefa fácil, já que implica em verdadeira quebra de paradigmas arraigados tanto na comunidade educativa, quanto nas famílias. Para tanto, o portal sugere algumas estratégias, são elas:
Investir em recursos e materiais
Embarcar nessa revolução e abraçar as tendências advindas da transformação digital implica que a escola se organize para a aquisição de recursos tecnológicos.
O orçamento deve incluir serviços de assinatura (streaming, plataformas, aplicativos), equipamentos e pacotes de serviços pedagógicos, como Robótica e Programação Educacional, bem como infraestrutura física.
Realizar capacitação profissional para a nova dinâmica da escola
Sabemos que nem todos os professores se sentem seguros em embarcar nesse novo paradigma de sala de aula, tampouco estão familiarizados com o uso das tecnologias.
Logo, a capacitação profissional e o acompanhamento constante dos profissionais são fundamentais para evitar ruídos importantes que prejudiquem a dinâmica esperada nas metodologias e que, ainda, podem acabar desmotivando membros do corpo docente.
Incluir as famílias no processo
É importante que os responsáveis pelos estudantes compreendam os objetivos das metodologias ativas e aprendam a lidar com os recursos tecnológicos disponíveis.
Isso é essencial para que seja mantida a sinergia entre a família e a escola, visando a um diálogo transparente e positivo diante das novas necessidades que o projeto educacional vai impôr.
Assim como a capacitação do corpo docente, investir em uma boa comunicação interna e na divulgação das atividades, bem como ter a presença dos familiares em algumas delas, auxiliará no engajamento com as propostas da escola.
Apostar no relacionamento professor-aluno
Horizontalizar a comunicação professor-aluno e investir na promoção de habilidades socioemocionais facilita que os docentes administrem melhor o relacionamento com os alunos e, com isso, seja criado um ambiente de aprendizagem empático.
Isso inclui, por exemplo, programas de capacitação docente com foco em liderança, personalização do ensino e métodos de avaliação do processo de aprendizagem mais personalizados.
Estudos têm demonstrado que a implementação adequada de metodologias ativas tem trazido inúmeros benefícios tanto para os aprendizes, como para a própria instituição de ensino.
Dentre as melhoras para os alunos, destacam-se a aquisição desenvolvimento de autonomia e confiança; aptidão em resolver problemas; tornarem-se profissionais mais qualificados e valorizados e, consequentemente, protagonistas do seu aprendizado.
Autocuidado e propósito de vida para educadores: qual a importância?
Sabidamente, as exigências de vida de todos os adultos contemporâneos têm criado uma geração em que muitos vivem sob constante tensão e irritabilidade. Não é mera coincidência, portanto, que diversas empresas tenham começado a investir no desenvolvimento socioemocional de seus professores, líderes e gestores.
“O papel do gestor ou líder é exatamente mapear e reconhecer as necessidades de professores, assistentes de sala, designers educacionais, por exemplo, para desenhar e/ou contratar programas para o grupo que lidera. (…)
No caso dos professores, pesquisas revelam que o estresse laboral impacta o seu relacionamento com os alunos e até mesmo a qualidade das experiências de aprendizagem vivenciadas pelos estudantes.
Os docentes que atuam em ambientes de alta vulnerabilidade social enfrentam ainda maior sofrimento ao lidar com pobreza, violência, sobrecarga de trabalho, classes superlotadas, falta de reconhecimento de seu trabalho, dentre outros aspectos que levam à insatisfação com a profissão e a diminuição do comprometimento com a atividade profissional”, afirma Carolina Costa Cavalcanti.
Resta claro, portanto, que o envolvimento de educadores em atividades de desenvolvimento socioemocional será fundamental para que ele possa não apenas atuar em sala de aula da maneira esperada, mas também saiba identificar em seus próprios alunos demandas dessa natureza e dar suporte necessário a ele.
A seguir, abordaremos estratégias de manejo emocional para educadores, de modo que possam aplicar as metodologias também em sala de aula.
Conheça algumas estratégias de coping e design thinking para educadores
Na área da psicologia, o coping é concebido como o conjunto das estratégias utilizadas pelas pessoas para adaptarem-se a circunstâncias adversas.
De acordo com Adriani Antoniazzi, “esta definição implica que as estratégias de coping são ações deliberadas que podem ser aprendidas, usadas e descartadas.
Portanto, mecanismos de defesa inconscientes e não intencionais, como negação, deslocamento e regressão, não podem ser considerados como estratégias de coping. Além disso, somatização, dominação e competência são vistos como resultados dos esforços de coping e não como estratégias.”
Para os pesquisadores Folkman e Lazarus, as estratégias de coping podem ser definidas em duas áreas:
1. Enfoque no problema
Carolina Costa Cavalcanti define essa área como “o esforço que uma pessoa fará para mudar, adequar ou eliminar a situação que gerou o estresse.
Exemplo: um estudante que sofreu cyberbulling pode querer trocar de turma e até mesmo de escola, e, com isso, deixar de encontrar diariamente com os estudantes que o agrediam.
2. Enfoque nas emoções
Trata-se do esforço para regular o estado emocional da pessoa de formas potencialmente positivas ou negativas. Carolina Costa Cavalcanti cita como exemplos:
a) Formas potencialmente positivas: participar de sessões de psicoterapia, praticar esportes, conviver com pessoas amadas, investir em espiritualidade, fazer caminhadas em meio à natureza, tocar um instrumento musical, escrever em um diário, praticar artes marciais ou participar de programas de voluntariado.
b) Formas potencialmente negativas: Consumir drogas lícitas ou ilícitas, se automedicar ou aderir a grupos que propaguem violência.
Conceitos do coping
Carolina Costa Cavalcanti pontua, que Folkman e Lazarus defendem a existência de quatro conceitos principais que embasam o coping:
- Interação: Relação entre pessoa e ambiente.
- Gestão da situação geradora de estresse: manejo da situação – não o controle dela, pois geralmente isso não é possível.
- Avaliação: percepção e interpretação cognitiva e emocional da situação desafiadora.
- Mobilização de esforço: esforços comportamentais e cognitivos para gerir, tolerar, minimizar e reduzir as demandas internas e/ou externas vinculadas com a situação adversa que gera estresse.
No que toca à aplicação do coping por educadores, enquanto exemplo a ser seguido pelos educandos, pontua Carolina Costa Cavalcanti:
“quando um educador conhece quais são as estratégias de coping que adota e compartilha isso com outras pessoas, é muito mais fácil que leve outros a refletir sobre como podem lidar com o estresse de forma mais saudável.
Essa disponibilidade interna de apresentar suas próprias vulnerabilidades e formas de contorná-las, de prestar atenção no outro, de viver o presente, de lidar com as emoções próprias e alheias de forma positiva, permite que sejam criadas as melhores condições para o estabelecimento de experiências de aprendizagem significativas e conectadas com os objetivos de desenvolvimento integral das pessoas.”
Tomando esse princípio como base, Carolina Costa Cavalcanti sugere algumas ações que podem pautar a prática de educadores conscientes da relevância da aprendizagem socioemocional. São elas:
- Desligar o modo de “piloto automático” no momento de realizar as atividades voltadas para o próprio processo de aprendizagem ou de outras pessoas. Isso quer dizer que é importante estar 100% (cem por cento) presente e focado no agora e convidar as pessoas a fazerem o mesmo.
- Ativar a escuta, observação e empatia, sendo sensível não somente às suas próprias motivações e sentimentos, mas também às outras motivações e sentimentos que levam os estudantes e profissionais a agirem de uma determinada forma, como sobrecarga, empolgação, frustração.
- Respeitar a diversidade, os valores e as emoções das pessoas a partir da compreensão mais ampla de que comportamentos momentâneos que talvez não sejam desejáveis não representam quem uma pessoa realmente é.
- Ser capaz de lidar com as próprias emoções e sentimentos, evitando que estes controlem expectativas, ações e reações de forma negativa.
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Design thinking na educação
Também é interessante que o educador aplique em sala de aula ou demais ambientes de formação a metodologia de design thinking.
Cayo Woebcken define o termo como sendo “o processo de pensamento crítico e criativo, possibilitando a organização de ideias de modo a estimular tomadas de decisão e a busca por conhecimento”. Não se trata de um método específico, mas sim de uma forma de abordagem.
Em outras palavras, o design thinking não traz uma fórmula específica para sua implantação:
“Em vez disso, ele cria as condições necessárias para maximizar a geração de insights e a aplicação prática deles. A ideia é que o processo seja realizado de forma coletiva e colaborativa, de modo a reunir o máximo de perspectivas diferentes.” (nossos destaques)
Na educação a metodologia pode ser aplicada de maneira eficaz e inclusiva pelo simples chamamento dos alunos para um breve “brainstorming” ou “chuva de ideias” sobre determinado tema a ser estudado.
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Atividades para desenvolvimento socioemocional de educadores
No último tópico abordamos o tema coping, enquanto sendo o conjunto das estratégias utilizadas pelas pessoas para adaptarem-se a circunstâncias adversas.
Por fim, separamos algumas sugestões aplicadas pela autora da obra abordada, Carolina Costa Cavalcanti, como sendo seus métodos de coping favoritos e que são aplicáveis a quase todos nós, educadores ou não. São elas:
- Longas caminhadas pela natureza (preferencialmente na praia);
- Tempo de qualidade com familiares e amigos;
- Descanso aos sábados (período em que a Autora utiliza para ir à igreja, participar de trabalho voluntário e conviver com familiares e amigos de forma plena);
- Meditação;
- Prática de mindfulness (conjunto de técnicas voltadas a estimular nas pessoas o estar atento, consciente e o viver o presente de forma menos automatizada).
Esperamos que este artigo tenha te ajudado a compreender as vantagens e a abrangência da aprendizagem emocional. Continue no blog e descubra como se tornar o profissional do futuro!