O Direito foi um dos primeiros cursos superiores do Brasil e, até hoje, é uma das carreiras mais concorridas. E não poderia ser diferente. Afinal, os estudantes de Direito têm o potencial de mudar as vidas de muitas pessoas, nas mais diversas áreas.
Se você quer ser — ou já é! — um estudante de Direito, este post reúne tudo o que você precisa saber: desde o Dia do Estudante de Direito até as possíveis profissões que esse curso superior permite que você tenha. Também listamos 10 livros indispensáveis para a sua formação. Confira!
Qual é o Dia do Estudante de Direito?
O dia do Estudante de Direito é comemorado no dia 19 de maio. A data é, na verdade, uma homenagem ao patrono dos estudantes da área, Santo Ivo, considerado o “advogado dos pobres”.
A vida de Santo Ivo foi marcada pelas boas ações e pela defesa das pessoas em condições mais difíceis. Ele estudou Direito na Universidade de Paris e, alguns anos mais tarde, se tornou padre. No entanto, continuou advogando até a sua morte.
Desse modo, o Dia do Estudante de Direito é uma forma de honrar uma vida dedicada àqueles que precisavam de apoio e ajuda. Afinal, é esta a principal função dos bacharéis em Direito: combater a violência e socorrer quem precisa de ajuda.
Qual é o perfil do estudante de Direito?
Se você ainda está decidindo qual curso superior é o ideal para você, vale a pena entender melhor qual é o perfil do aluno de Direito. Assim, pode se familiarizar com o curso e fazer uma escolha mais assertiva e consciente!
Em primeiro lugar, os estudantes de direito são pessoas que costumam ler muito. E esse é um pré-requisito importante para o curso, uma vez que tanto as disciplinas quanto o cotidiano das profissões são marcados pelo intenso contato com leis e documentos, que devem ser lidos e relidos com frequência.
Além disso, é fundamental que esses alunos estejam interessados em debates lógicos e na construção de argumentos. Essa é, afinal, a essência do Direito, e, sem uma boa capacidade argumentativa, é mais difícil se destacar na área.
Por fim, vale ressaltar que os estudantes de Direito devem ser pessoas interessadas em expandir seus conhecimentos. Ou seja: se você quer atuar em qualquer uma das áreas do Direito, deve se manter atualizado com as novas legislações.
Isso porque as leis são vivas e estão em constante mudança, de modo que, se o estudo não fizer parte da sua rotina, é muito provável que você acabe ficando para trás.
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Quais são as competências socioemocionais necessárias para ser estudante de Direito?
Para ser estudante de Direito, é fundamental que você foque em algumas delas. Na lista abaixo, separamos as principais:
- Boa escrita;
- Oratória;
- Empatia;
- Autonomia;
- Inteligência emocional;
- Capacidade de leitura e pesquisa.
Saiba mais:
1. Boa escrita
Em qualquer profissão da área do Direito, dominar o português jurídico é essencial. Grande parte do trabalho destes profissionais envolve a escrita.
Em seu dia a dia, eles produzem diversos documentos, como petições e contratos. Para tanto, devem dominar bem as regras gramaticais, além de conhecer bem os termos jurídicos.
Para obter este domínio, é necessário que você estude por meio de boas obras da área. Elas vão ampliar o seu vocabulário e dar mais recursos para que você se expresse.
Além disso, você deve praticar sempre. Escreva e peça a supervisão de colegas ou professores. Não tenha medo de errar, afinal, é assim que você vai aprender e melhorar a sua escrita.
2. Oratória
A oratória é a arte de falar em público de modo eficiente e eloquente. Esta é uma competência essencial nas diferentes carreiras jurídicas. Isso porque as situações do dia a dia destes profissionais exigem que eles se comuniquem de maneira clara e persuasiva.
Isto é, não é suficiente que eles tenham um domínio teórico dos assuntos. É necessário saber transmiti-lo de modo estruturado e fluido, a fim de alcançar seus objetivos.
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3. Empatia
A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro para compreender, em maior profundidade, os impactos de uma situação.
Para quem quer atuar no Direito, ela é importante porque possibilita um olhar mais amplo (e humanizado) diante dos problemas a serem resolvidos.
4. Autonomia
Todo estudante de Direito deve ser capaz de encontrar a resposta para problemas por conta própria. A autonomia é uma maneira de ganhar a confiança das pessoas, se destacar e garantir mais segurança dentro do Direito.
5. Inteligência emocional
Para lidar com pessoas, é preciso entender bem como nos sentimos em diferentes situações, e como podemos lidar com elas da melhor maneira possível. Sendo assim, saber agir com inteligência emocional é fundamental para os advogados que desejam ter sucesso.
6. Capacidade de leitura e pesquisa
O Direito muda sempre, e, por isso, um estudante da área deve ser capaz de ler e pesquisar novidades o tempo todo.
Além de melhorar o seu desempenho acadêmico, também fará com que você se destaque na hora de conseguir um estágio, por exemplo.
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Quais são as possíveis profissões para um estudante de Direito?
A área do Direito é muito mais ampla do que se acredita. Se você é um estudante de Direito e ainda não sabe muito bem qual profissão seguir depois de se formar, essas são algumas das possíveis carreiras jurídicas:
- Procurador;
- Promotor de justiça;
- Defensor público;
- Oficial de justiça;
- Professor/Pesquisador;
- Juiz;
- Advogado.
Saiba mais sobre cada uma delas:
1. Procurador
O procurador é o principal responsável pela defesa dos interesses da sociedade e da democracia. Por isso, costumam atuar em órgãos federais, fazendo parte do Ministério Público.
Como se tornar um procurador?
Para se tornar um procurador, é necessário ser aprovado em um concurso público. Em geral, os certames exigem que os candidatos tenham formação superior em Direito, sejam aprovados na OAB e tenham um período de prática jurídica comprovada.
2. Promotor de justiça
O promotor de justiça é aquele que fiscaliza a aplicação das leis e defende o patrimônio público. Ou seja: ele garante que um crime está recebendo a punição adequada.
Como se tornar um promotor de justiça?
Os bacharéis em Direito podem se tornar promotores de justiça por meio da aprovação em um concurso público da área.
Os candidatos também devem ter exercido atividade jurídica por um período determinado. Em geral, são exigidos 3 anos, entretanto, este intervalo pode variar de acordo com o edital.
3. Defensor público
Assim como o promotor, o defensor público tem como função observar a aplicação das leis, mas o seu foco é a defesa dos réus. No caso dos defensores públicos, são atendidas aquelas pessoas que não podem arcar com os custos de um advogado.
Como se tornar um defensor público?
Como no caso dos promotores e procuradores, aqueles que desejam trabalhar como defensor público devem ser aprovados em um dos certames da área. Para a investidura no cargo, também é exigido que os candidatos comprovem um período mínimo de prática jurídica.
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4. Oficial de justiça
O oficial de justiça é o responsável por executar os mais diversos mandados dos juízes, além de auxiliar nas sessões de julgamento e prestar informações solicitadas. Assim, atuam das mais diferentes maneiras dentro do tribunal.
Como se tornar um oficial de justiça?
A seleção de oficiais de justiça é feita por meio de concurso público.Em geral, os certames exigem formação superior em qualquer área. Assim, não é necessário ser formado em Direito.
De todo modo, as provas de conhecimentos específicos costumam abordar temas das diferentes matérias jurídicas, o que dá vantagem àqueles que já são desta área. Estas exigências podem variar, conforme o concurso. Por isso, é necessário ficar atento ao edital da prova.
5. Professor/Pesquisador
O estudante de Direito interessado em pesquisar mais sobre a própria área e passar esses conhecimentos adiante também pode se tornar um professor ou pesquisador. Assim, auxilia na formação de novos bacharéis e faz contribuições importantes para a atuação de seus colegas de profissão.
Como se tornar professor ou pesquisador de Direito?
Para seguir a carreira acadêmica, o caminho dos bacharéis em Direito deve passar pelos programas de pós-graduação stricto sensu, como mestrados e doutorados.
Por meio das disciplinas desses programas, eles vão desenvolver habilidades e competências para a realização de pesquisas científicas. Ao final deles, apresentam suas dissertações ou teses, contribuindo para a área.
Em seguida, podem, por exemplo, disputar vagas de professores em universidades particulares ou públicas. No caso das últimas, a seleção é feita por meio de concurso público.
6. Juiz
O juiz é o profissional responsável por solucionar conflitos de interesses. Isso é feito por meio da aplicação da lei: ele media os casos judiciais, garantindo a correta utilização destas normas.
Assim, reprime qualquer ato contrário à dignidade da justiça. Seu trabalho deve ser sempre imparcial, de modo que ele tome suas decisões livre de interesses.
Como se tornar juiz?
A seleção de juízes é feita por meio de concurso público de provas e títulos. Além de formação superior em Direito, os interessados devem comprovar ter, pelo menos, 3 anos de atividade jurídica.
7. Advogado
Por fim, a profissão mais conhecida e associada àqueles que se formam em Direito é a de advogado. Estes profissionais trabalham na defesa dos interesses de seus clientes, podendo representá-los, por exemplo, em cortes e tribunais.
Eles têm por objetivo obter decisões favoráveis aos seus clientes, nos conflitos que estes estão envolvidos. Também os orientam a respeito da legislação relevante para seu caso.
Para isso, estudam leis específicas, geralmente se especializando em uma das disciplinas jurídicas. Os advogados também são responsáveis pela preparação de diversos documentos jurídicos, como contratos, petições e recursos.
Como se tornar um advogado?
Para se tornar um advogado, é necessário concluir o curso de Direito e obter aprovação no exame da OAB.
Em seguida, o bacharel pode procurar uma vaga em um escritório de Direito ou no departamento jurídico de uma empresa, por exemplo. A escolha deve ser feita de acordo com a área jurídica com a qual ele tem mais afinidade.
10 livros indispensáveis para estudantes de Direito
Como você pôde ver, são amplas as possibilidades de atuação dentro do Direito. Neste percurso, uma coisa é certa: você vai precisar continuar estudando e se atualizando.
A área jurídica é muito dinâmica: ela vai se transformando de acordo com a sociedade. São contínuas as mudanças no Direito, e os profissionais devem acompanhá-las, para não ficar para trás. Por exemplo, recentemente, tivemos legislações relevantes, como a Reforma Tributária, e a Lei de Igualdade Salarial.
A melhor maneira de adquirir os conhecimentos necessários para atuar nesta área, e também se atualizar, é por meio da leitura de bons livros de Direito. Eles oferecem todos os subsídios teóricos e práticos, para que você possa atuar com confiança, e conquistar seus objetivos profissionais.
Na lista abaixo, separamos 10 excelentes títulos. Confira-os:
- Vade Mecum Saraiva Tradicional – 38ª Edição;
- Vade Mecum Saraiva OAB e Graduação – 25ª Edição;
- CLT Organizada Saraiva – 11ª Edição;
- Dominado Ética – 6ª Edição, de Alysson Rachid;
- Gabaritando Ética – OAB – 7ª Edição, de Marco Antonio Araujo Junior;
- Curso de Direito Processual do Trabalho – 22ª Edição, de Carlos Henrique Bezerra Leite;
- Curso de Direito do Trabalho – 16ª Edição, de Carlos Henrique Bezerra Leite;
- OAB 1ª Fase – Coleção Esquematizado – 11ª Edição;
- Passe na OAB 1ª Fase – Questões Comentadas – 15ª Edição, de Marcelo Hugo da Rocha;
- Direito Constitucional – Coleção Esquematizado – 28ª Edição, de Pedro Lenza.
E aí, gostou de saber um pouco mais sobre o universo dos estudantes de Direito? Aproveite para conhecer mais a fundo o Vade Mecum, livro indispensável ao longo da graduação e do cotidiano do profissional de Direito.